terça-feira, 19 de junho de 2018

Portos da Argentina e do Uruguai serão conectados por trens de barcaça


          A Caru (organismo binacional de logística da Argentina e do Uruguai), por meio da sua Subcomissão de Navegação, encomendou a seus assessores dos dois países a elaboração de um projeto ao norte da cidade de Paysandú (Uru), conectando-a aos portos de Concórdia (Arg) e Salto (Uru) utilizando trens de barcaças. A informação foi confirmada pelo presidente da delegação argentina do organismo binacional,Mauro Vazón.
            Atualmente, o grupo belga Jan De Nul está dragando o trecho do rio Uruguai entre os portos uruguagios de Fray Bentos e Paysandú e o canal de acesso ao argentino de Concecpicion del Uruguay, um empreendimento que será finalizado em outubro. A comissão prevê o transporte de trens de barcaças tipo Mississipi, com capacidade de carga de 1.300 toneladas e que são aptas para navegar sem dificuldades entre 8 e 10 pés de calado.
         "O documento está em elaboração e próximo da sua conclusão. Depois, os dois países analisarão e poderão adotar a decisão de instruir a comissão a concretizá-lo ou não, revelou um técnico do organismo. A iniciativa permitirá a navegação diurna segura, com um investimento relativamente pequeno. A dragagem possibilitará a navegabilidade 90% do ano.
           Segundo Vazón, há interesse dos setores florestal e avícola da região na adoção do modal, que permitirá estimular a produção nas duas margens do rio Uruguai e o escoamento da produção a custos menores para o exterior.
         Outros produtos também se beneficiarão desta modalidade de transporte fluvial, como grãos e cítricos das províncias de Salto, no Uruguai e Concordia, na Argentina. O arroz das regiões de Entre Rios e Corrientes, no nordeste argentino, igualmente poderá se beneficiar do modal
          De um modo geral, os custos serão sensivelmente reduzidos para os produtores agrícolas com a implantação do uso de barcaças em um trecho de 190 kim do rio, entre Ponta Gorda e La Concepcion, no rio Uruguai. O projeto, segundo Vazón, contribuirá para incrementar a reativação da navegação comercial da bacia fluvial no limite entre Uruguai e Argentina.

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