A Polícia Federal mapeou, no inquérito que investiga a edição do
Decreto dos Portos, pagamentos de empresas do Grupo Rodrimar que
abasteceram as contas da Link Projetos, empresa investigada por receber
propinas e repassar valores para agentes políticos do MDB em outras duas
das principais investigações em curso no País: as operações Lava Jato e
Sepsis.
Segundo a PF, os recursos foram repassados da Pérola S.A, empresa que
tem entre seus sócios o Grupo Rodrimar, a um escritório de advocacia e
posteriormente depositado nas contas da Link. Em depoimento à Polícia
Federal no inquérito dos Portos o advogado Flávio Calazans assumiu ter
recebido dez parcelas de R$ 37,7 mil, entre 2014 e 2015, da Pérola S.A. O
advogado admitiu ter emitido notas frias do seu escritório para
dissimular a transação. O dinheiro, afirmou, foi encaminhado para contas
de outras empresas, entre elas, a Link Projetos.
Além do escritório de Calazans, a Link recebeu entre 2007 e 2013
cerca de R$ 1 milhão da Engevix, empresa investigada no caso de Angra 3.
A Engevix foi subcontratada pela Argeplan, que tem como sócio o coronel
João Baptista Lima Filho, amigo de Temer, para realizar obras na
usina.
O empresário José Antunes Sobrinho, sócio na Engevix, chegou a propor um acordo de colaboração premiada no qual disse ter repassado R$ 1 milhão ao coronel Lima. O acordo não evoluiu, mas o repasse foi confirmado por Sobrinho em depoimento à Polícia Federal.
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