A greve do
sindicato dos caminhoneiros, convocada pela Confederação Nacional do Transporte
de Cargas do Chile (CNTC), devido aos atos de violência que vem sofrendo o
setor na região de Araucanía, no sul do País, completou cinco dias. A
paralisação começou a refletir causando prejuízo nas operações nos portos do
país.
O Governo apresentou proposta ao
CNTC, que após ser analisado pelo Comitê de Crise, foi rejeitada. A
confederação argumentou que o documento traz “propostas gerais que não
identificam os responsáveis nem estabelecem a periodicidade das reuniões”. Diante disso, o sindicato
dará continuidade às mobilizações por tempo indeterminado.
A exemplo do que aconteceu no início
da greve, os portos do país apresentam algumas dificuldades. Puerto San Antonio
informou que atualmente existem mais de 210 mil toneladas detidas em seus
diferentes terminais e navios que são mantidos em turnê.
Uma das concessionárias, a STI, tem uma
capacidade de armazenamento ocupada de quase 80%, por isso é imprescindível
começar pela retirada da carga para evitar uma saturação que impeça o
funcionamento normal da atividade portuária.
Na concessionária Puerto Panul está
atracado o navio a motor "HOPE", que traz 40 mil toneladas de trigo
do Porto de San Lorenzo, na Argentina. Só para descarregar essa carga, são
necessários 1.300 caminhões. Caso contrário, o grão ficará nos porões do navio
aguardando o repasse, gerando também um custo adicional na operação.
Além disso, o navio "ITAL
Universo" tem embarque previsto para esta segunda-feira, que deve fazer
2.800 movimentos entre embarque e desembarque, mas até o momento e como
resultado da mobilização, apenas 200 contêineres carregados chegaram ao porto.
Por conta disso, os exportadores chilenos não poderão enviar suas cargas para a
China.
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