A fabricante
chinesa de caminhões Shacman vai instalar uma nova fábrica no México para
atender o mercado local a partir de 2020 e, a médio prazo, exportar para
América Latina e América do Norte. O CEO da Shacman no México, Carlos Pardo,
antecipa que a empresa iniciará a montagem em novembro em Hidalgo, com
capacidade anual inicial de 1.000 unidades e 30 operadoras.
Nos primeiros cinco anos, a
expectativa é fabricar cerca de 5 mil caminhões para o mercado interno. Já a
médio prazo, a meta é exportar para países da América Latina onde tem presença
comercial, como Argentina, Caribe, Colômbia e Venezuela, e posteriormente para
a América do Norte.
“Acreditamos que podemos ser mais
eficientes se abastecermos daqui (México). Nosso grande desafio é conquistar o
mercado americano, os Estados Unidos e o Canadá (...) Isso também está nos
nossos planos de médio prazo (...) três ou quatro anos ", explicou Pardo.
Nesse sentido, ele argumentou que o
México tem muita projeção pela proximidade com esses países e pelos acordos de
livre comércio que assinou com várias nações. “O TMEC (Tratado entre México,
Estados Unidos e Canadá) tem um papel importante, porque a questão dos
caminhões não sofreu grandes mudanças e o México continua sendo a grande opção
para abastecer a América do Norte (...) O mais importante é que (o país) conta
com um hub logístico de primeiro mundo ”, comentou.
O executivo prevê que até o final de
2021, 2.000 unidades dos modelos L3000 e X3000 serão fabricadas no México, com
motores a gás natural e diesel, que economizam combustível em até 40%. Da mesma
forma, planeja ter mais de 100 funcionários, já que podem aumentar a capacidade
de montagem.
Sobre o coronavírus (Covid-19), ele
ressaltou que influenciou a decisão de instalar uma fábrica em Hidalgo.
“Obviamente a questão da China confirmou a nossa decisão (...) embora desde o
início fosse estar no México e produzir no México”, concluiu.
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