A cabotagem
no Brasil tem sido uma das atividades de crescimento mais rápido no mundo por
mais de uma década, com média de crescimento anual de mais de 10%, com um
mercado gera chegando a quase 700.000 TEUs por ano. Esta situação coloca em
cheque a oferta de capacidade do modal no país.
Para o segundo ou terceiro trimestre
do próximo ano, as operadoras de cabotagem esperam uma recuperação total da
economia brasileira após os estragos produzidos pela pandemia do coronavírus
(Covid-19). Isso os trará de volta a plena capacidade e serão necessários mais
navios - provavelmente na faixa de 2.500 a 5.000 TEUs.
A partir desta expectativa, o ministro da
Infraestrutura, Tarcisio Gomes de Freitas, vai intensificar seu plano radical,
chamado BR do Mar, para inaugurar dos 7.400 km de costa brasileira ao
fretamento de longo prazo com bandeira estrangeira, mas com o condicionamento
de dois terços da tripulação brasileira.
Desde a origem do plano BR do Mar -
no início de 2019 - houve forte oposição a ele, por parte dos sindicatos
marítimos e dos setores da construção naval, mas nas últimas semanas, a
iniciativa de fortalecer a capacidade da cabotagem e possivelmente trazer novos
jogadores fez um progresso significativo.
Os otimistas acreditam que o plano BR de Mar,
que tem apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro, pode virar lei até o
Natal. Luis Resano, diretor executivo da ABAC (Associação Brasileira dos
Armadores de Cabortagem), é um dos otimistas.
Segundo ele, "este é um bom
esquema para incentivar o setor de cabotagem e o objetivo do programa é
aumentar em 40% a capacidade de transporte de cargas no setor de contêineres
nos próximos cinco anos", disse Resano à DatamarNews. "É um programa
muito agressivo e se tudo correr bem pode virar lei para o Natal."
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