terça-feira, 1 de setembro de 2020

Armadores aceitam abertura da cabotagem, mas sem sacrificar qualidade do serviço


          A cabotagem no Brasil tem sido uma das atividades de crescimento mais rápido no mundo por mais de uma década, com média de crescimento anual de mais de 10%, com um mercado gera chegando a quase 700.000 TEUs por ano. Esta situação coloca em cheque a oferta de capacidade do modal no país.
          Para o segundo ou terceiro trimestre do próximo ano, as operadoras de cabotagem esperam uma recuperação total da economia brasileira após os estragos produzidos pela pandemia do coronavírus (Covid-19). Isso os trará de volta a plena capacidade e serão necessários mais navios - provavelmente na faixa de 2.500 a 5.000 TEUs.
          A partir desta expectativa, o ministro da Infraestrutura, Tarcisio Gomes de Freitas, vai intensificar seu plano radical, chamado BR do Mar, para inaugurar dos 7.400 km de costa brasileira ao fretamento de longo prazo com bandeira estrangeira, mas com o condicionamento de dois terços da tripulação brasileira.
          Desde a origem do plano BR do Mar - no início de 2019 - houve forte oposição a ele, por parte dos sindicatos marítimos e dos setores da construção naval, mas nas últimas semanas, a iniciativa de fortalecer a capacidade da cabotagem e possivelmente trazer novos jogadores fez um progresso significativo.
          Os otimistas acreditam que o plano BR de Mar, que tem apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro, pode virar lei até o Natal. Luis Resano, diretor executivo da ABAC (Associação Brasileira dos Armadores de Cabortagem), é um dos otimistas.
          Segundo ele, "este é um bom esquema para incentivar o setor de cabotagem e o objetivo do programa é aumentar em 40% a capacidade de transporte de cargas no setor de contêineres nos próximos cinco anos", disse Resano à DatamarNews. "É um programa muito agressivo e se tudo correr bem pode virar lei para o Natal."

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