"Ambas as décadas tiveram impacto
contundente nas empresas e trabalhadores, como o aumento do desemprego e
a ampliação da má distribuição e concentração de riqueza, ocasionando
uma piora significativa nas condições de vida dos brasileiros", afirmou,
em nota, o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Segundo o estudo, em relação à evolução do
Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços
produzidos no país -, o Brasil cresceu 33,3%, à taxa média anual de
2,9%, no intervalo de 10 anos, iniciados em 1980.
Já no mesmo período a
partir de 2010, observou-se crescimento abaixo da metade, acumulado em
14,1%, com média anual de 1,3%. De acordo com a análise da CNC, se o PIB de
2019 aumentar 1% – confirmando a expectativa do mercado –, a economia
brasileira deverá registrar baixo crescimento médio anual durante esse
período, adiando as chances de absorver o contingente de desempregados.
"O cenário é bem diferente do que o
observado nos anos 1980, quando, mesmo com as recessões de 1981 e 1983,
verificou-se forte capacidade de recuperação, evidenciada através do
ritmo de crescimento econômico durante a segunda metade da década",
disse, em nota, o economista da CNC responsável pelo trabalho, Antonio
Everton.
Segundo o levantamento, nos anos 1980, a
crise encolheu a produção brasileira em 7,2%, enquanto nos anos 2010 a
contração foi ligeiramente menor, de 6,9%. No entanto, conforme a CNC, a
economia não conseguiu encontrar condições suficientes para voltar a
crescer a partir de 2017.
De acordo com o economista da CNC, "o
crescimento médio entre 2017 e 2019 pode ter ficado em 1,2%". "Na década
de 1980, de 1984 até 1989, depois das recessões, a economia cresceu
aproximadamente 30%", completou.
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