O Porto
de Santos, no litoral de São Paulo, alcançou um recorde na movimentação de
cargas em contêineres nos primeiros oito meses do ano. Para representantes do
setor, esse foi um sinal da recuperação da economia brasileira.
Segundo o balanço de agosto da
Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), no período, foram operados 2,7
milhões de teus, o que representa um aumento de 11% em relação a 2017. “Isso
mostra uma tendência da retomada econômica e, ao mesmo tempo, é um reflexo de
medidas para melhoria de acesso que tomamos”, explicou o diretor de Relações
com o Mercado da Codesp, Cleveland Lofrano.
Em seu estudo de projeção para
2018, divulgado em janeiro, a Docas previa que a movimentação de contêineres
aumentasse 4,4% no ano, chegando a 4 milhões de teus. A Codesp deve divulgar
até outubro uma nova projeção.
Apesar da desvalorização do real, que
só deve refletir no comércio exterior a partir de dezembro, empresários do
setor estão otimistas para os próximos meses. “A guerra entre Brasil e China é
positiva para nós, pois está tornando os produtos brasileiros mais
competitivos”, afirma o diretor comercial da Brasil Terminal Portuário, Claudio
Oliveira.
“O incremento de volume está sendo
muito puxado pela exportação, por conta das comodities, como o café, milho e
açúcar, que vêm aumentando em contêineres”, diz o diretor comercial da Santos
Brasil, Marcos Tourinho.
O diretor comercial da Libra
Terminais, Eduardo Galo, avalia que, para continuar o avanço com a movimentação
de carga conteinerizada, o cais santista precisa se preparar. “Tivemos um
incremento de volume de carga, mas precisamos melhorar na eficiência, nos
acessos, para receber os navios superiores que poderiam fazer escala aqui”, analisa.
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