A direção do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou nesta sexta-feira (26) uma linha de crédito stand-by de
US$ 56,3 bilhões para ajudar a Argentina a estabilizar a economia. O
dinheiro será liberado em parcelas trimestrais, dependendo do
cumprimento das metas estabelecidas – entre elas, a redução dos gastos
públicos. O acordo, que permitiu o empréstimo, já havia sido anunciado em setembro e era o segundo negociado pelo país, com a instituição financeira, desde junho.
A Argentina recorreu ao FMI pela primeira vez em 13 anos, depois de
ter sofrido uma corrida cambial em maio. O primeiro acordo, previa
desembolsos trimestrais de um total de US$ 50 bilhões. Apesar do valor
ser alto, foi insuficiente para tranquilizar os mercados e o dólar
norte-americano voltou a disparar, em agosto, fazendo com que o peso
argentino perdesse metade de seu valor este ano.
O país pediu para o FMI antecipar os desembolsos e aumentar o
empréstimo, para fazer frente a segunda corrida cambial. Controlar o
dólar é fundamental para a economia argentina: cada vez que a moeda
norte-americana aumenta, a inflação sobe e as previsões são de que
superará os 40% este ano. Em troca, o governo do presidente Mauricio
Macri prometeu zerar o déficit fiscal em 2019.
O FMI aceitou e elevou o valor do pacote a US$ 56,3 bilhões. O
acordo, que havia sido publicamente anunciado, foi formalmente aprovado
pela direção do FMI hoje.
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