quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Panamá lidera o Índice de Conectividade Marítima na América Latina


            O Panamá liderou em 2018 o Índice de Conectividade Marítima na América Latina, elaborado pelo Escritório das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). O resultado manteve a posição ocupada nos anos anteriores, segundo informação do ElCapitalFinanciero.
          Este Índice é feito há 13 anos e desde o início vem sendo liderado pelo Panamá na região latino-americana. A pontuação obtida no levantamento referente a 2018 foi de 56,6 contra 32,1 no ano anterior. Mesmo assim, o país caiu duas posições no ranking global, baixando da 28ª para a 30ª colocação e vendo sua liderança ser ameaçada por vizinhos continentais.
           O diretor de Comércio e Logística da Unctad, Han Hoffmann, explicou que a queda resultou da melhora ainda mais significativa de outros países. De 2004 até o ano passado, a Colômbia, por exemplo, saltou de 18,6 pontos para 50.1. Os colombianos seguem, assim, muito próximos dos panamenhos graças a importantes investimentos na área portuária, tanto no oceano Atlântico quanto no Pacífico, nos terminais de Cartagena e Buenaventura, que movimentam contêineres e competem com terminais do Panamá.
           O México igualmente melhorou sua pontuação, ainda que em nível mais modesto, passando de 32º para 33º lugar. O país da América do Norte alcançou pontuação 46,9 e seu crescimento está vinculado a presença de importantes portos no Pacífico, como Manzanillo e Lazáro Cárdenas, que estão atraindo cargas de transbordo para a América Central.
          Os resultados obtidos pelo Peru e o Chile também são relevantes. Os dois países andinos, umbicados no litoral Pacífico da América do Sul, receberam grandes investimentos na área portuária e estão ocupando as posições 38 e 39 do ranking,
          O Índice de Conectividade Marítima da Unctad proporciona um indicador da posição de um país dentro da Rede Global de transporte marítimo de carga. Os critérios de avaliação abrangem diversos aspectos, como câmbio, decisões tomadas pelas transportadoras e outros. Essas decisões decorrem da situações estratégicas e respostas para atender os seus navios, incluindo investimentos e reformas portuárias em terminais de contêineres de cada país.
          De acordo com a Unctad, o acesso dos países aos mercados mundiais depende em grande medida de sua conectividade no transporte, especialmente nos serviços regulares de linhas marítimas para importação e exportação de produtos manufaturados.
           O Índice é elaborado a partir de cinco componentes: o número de navios e a capacidade total de transporte deles, o tamanho máximo das embarcações, o número de serviços e o número de empresas que utilizam os barcos porta-contêineres nas rotas a partir dos portos de um determinado país.

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