Durante a posse do novo presidente da Embrapa, Sebastião
Barbosa, no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (10), o ministro da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, disseg que o
agronegócio deverá encerrar o ano com exportações de US$ 100 bilhões. “É
uma marca que vínhamos perseguindo e, agora, vamos alcançar”, disse o ministro.
O presidente
Michel Temer ressaltou a importância do setor do agronegócio para a economia
brasileira, lembrando ter contribuído “em grande parte” para a recuperação do
PIB (Produto Interno Bruto) do país, que, em maio de 2016, estava em -5,9%,
passou a 1% de crescimento no ano seguinte e deverá encerrar 2018 com algo em
torno de 1,4%.
O secretário
executivo do Mapa, Eumar Novacki, presidente do Conselho da Embrapa, também
destacou que “o agro é o pilar mais importante da economia, representando cerca
de um quatro do PIB e quase 50% das exportações”.
A posse do novo
presidente da empresa de pesquisa, vinculada ao Mapa, é a primeira estatal a
seguir o processo seletivo previsto na Lei 13.303/2016, que passou a exigir
qualificação técnica de candidatos à diretoria e maior transparência no
processo seletivo.
A escolha do
novo presidente que substitui Maurício Lopes foi iniciada em agosto, tendo se
inscrito 16 candidatos, dez do quadro e seis sem vinculação com a empresa. O
Conselho de Administração analisou currículos, compatibilidades e entrevistou
três selecionados que atingiram a melhor pontuação técnica. O melhor avaliado
foi submetido à aprovação prévia da Casa Civil da Presidência da República.
A sucessão visa
dar continuidade à revisão estrutural e funcional da Embrapa, demandada pelo
ministro Blairo Maggi, com o objetivo de aproximar ainda mais a empresa do
setor produtivo.
Sebastião
Barbosa, pesquisador aposentado é engenheiro agrônomo, especialista em
Entomologia (estudo dos insetos), contratado pela Embrapa em 1976, onde atuou
em programas de controle e erradicação de pragas. Por 17 anos também trabalhou
na Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO), no
Serviço de Proteção de Plantas, em Roma, Itália; e no escritório para a América
Latina e o Caribe, em Santiago, Chile.
Foi também
coordenador de cooperação internacional da Embrapa e Chefe-Geral da Embrapa
Algodão, centro de pesquisa localizado em Campina Grande, em Paraíba, além de
outras atividades exercidas na estatal.
Filho de
agricultor sem terra do interior de Minas Gerais, tem pela frente a “missão de
conduzir a mais reconhecida empresa pública de pesquisa da América Latina e uma
das mais importantes do mundo”, como lembrou Novacki.
Barbosa disse que a Embrapa precisará
ser criativa para buscar buscar recursos suplementares e complementares na
iniciativa privada e em instituições internacionais. "Para esses desafios,
espero contar com mais comprometimento, dedicação e esforço dos empregados,
hoje distribuídos pelo país e que já mostraram ter experiência, conhecimento e
vivência com o setor privado, na grande revolução que ajudamos a construir na
agricultura brasileira".
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