O Ministério do Comércio chinês
ampliou, em agosto deste ano, o alcance das tarifas em meio ao superávit global
e a uma alta da oferta doméstica, após ter restringido anteriormente embarques
do Brasil e Tailândia. Desde maio de 2017, o Brasil, maior exportador global de
açúcar, sofre com duras tarifas de importações de açúcar, que reduziram
drasticamente as exportações brasileiras para o gigante asiático.
Essa situação mudou os padrões de
importação do país, com fornecedores menores entrando no mercado chinês,
principalmente do Sudeste Asiático e da América Central, que estavam isentos
das taxas. Segundo o adido do USDA na China, diante do novo quadro tarifário, o
Brasil e a Tailândia, tendo produtos mais competitivos, devem voltar a ser os
principais fornecedores de açúcar do país.
O movimento ocorreria em meio a
ameaças do Brasil de entrar na Organização Mundial de Comércio (OMC) contra as
tarifas chinesas. Entre outubro de 2016 e março de 2017, o Brasil tinha
participação de 71 por cento nas aquisições de açúcar da China, enquanto em
igual período após tarifas essa fatia correspondeu a apenas 8 por cento,
segundo dados da alfândega chinesa citados pelo adido. O adido não mencionou o
volume que o Brasil poderia exportar aos chineses.
Já as importações totais de açúcar
pela China na temporada 2018/19 devem ser de 4 milhões de toneladas, ante 4,2
milhões de toneladas em 2017/18, representando o terceiro ano consecutivo de
queda. A produção de açúcar da China, por sua vez, deve chegar a 10,8 milhões
de toneladas no ciclo 2018/19, o terceiro ano seguido de alta e um dos fatores
para a redução do volume das importações apontado pelo relatório. O consumo
total chinês é estimado em quase 16 milhões de toneladas ao ano.
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