O
presidente eleito Jair bolsonaro, do PSL, que venceu a eleição presidencial
deste domingo, 28, contra o candidato do PT, Fernando Haddad, por 55% a 45% dos
votos, anunciou que a política externa do seu governo deverá fomentar o
comércio exterior com países como os Estados Unidos. “Ministério das Relações
Exteriores precisa estar a serviço de valores que sempre estiveram associados
ao povo brasileiro”, adiantou o futuro chefe do executivo da República, a
partir de 1º de janeiro.
Uma das principais propostas é a privatização ou extinção de estatais. Segundo
Bolsonaro, a ideia é reduzir o pagamento de juros, que custaram R$ 400,8
bilhões em 2017, com a venda de ativos públicos. Em relação à reforma da
Previdência, defende a implantação, no país, de um modelo privado de
capitalização do setor. Como proposta para o sistema tributário do país, o
programa fala em unificar impostos e simplificar o sistema de arrecadação
de tributos.
Uma das promessas é reduzir de forma
gradativa os impostos, por meio da eliminação e unificação de tributos,
"paralelamente ao espaço criado por controle de gastos e programas de
desburoratização e privatização". O assessor econômico de Bolsonaro,
Paulo Guedes, que deve assumir como ministro da Economia, disse, em conversa
com investidores, que a intenção é criar uma alíquota única
de 20% no Imposto de Renda, que passaria a incidir sobre quem ganha acima
de cinco salários mínimos.
No programa de governo apresentado à
Justiça Eleitoral, Bolsonaro não fez menção direta ao tema meio ambiente,
mas apontava caminhos para agricultura. O novo presidente pretende criar uma
"nova estrutura federal agropecuária", que vai englobar diversas
pastas. Durante a campanha, defendeu a junção dos ministérios do Meio
Ambiente e da Agricultura, mas nos últimos dias admitiu que poderá manter
o Ministério do Meio Ambiente.
O candidato do PSL também disse que
pode flexibilizar
a legislação que
regula a exploração econômica de áreas verdes preservadas, inclusive na
Amazônia, e não concederá novos territórios para indígenas e quilombolas. Na
área de agricultura, a proposta é atender as demandas de “segurança
no campo; solução para a questão agrária; logística de transporte e armazenamento;
uma só porta para atender as demandas do agro e do setor rural; políticas
especificas para consolidar e abrir novos mercados externos e diversificação”.
Para Bolsonaro, o modelo
de pesquisa e inovação no Brasil está “esgotado”. Em vez de os recursos do setor serem
organizados por Brasília, defende o fomento de “hubs” tecnológicos
nos quais universidades se aliam à iniciativa privada “para transformar ideias
em produtos”. Os programas de mestrado e doutorado deverão ser feitos “sempre
perto das empresas”. Propõe investimento na exploração de energia
renovável solar e eólica no Nordeste e pesquisa e desenvolvimento em grafeno e nióbio.
O presidente eleito defende que o
Ministério das Relações Exteriores precisa
estar a serviço de valores que sempre foram associados ao povo brasileiro. A outra frente, diz o
programa, será fomentar o comércio exterior com países que possam agregar valor
econômico e tecnológico ao Brasil, como os Estados Unidos. No âmbito
regional, o plano de Bolsonaro prevê aprofundamento da integração “com todos os
irmãos latino-americanos que estejam livres de ditadura” e países "sem
viés ideológico". Sobre o Mercosul, afirmou que não se pode
“jogar para o alto” o acordo. “O que não pode é continuarmos usando acordos
como esse em função de interesses ideológicos como o PT fez”, criticou.
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