Os líderes da União Europeia desistiram de realizar hoje
(18) e amanhã uma cúpula extraordinária, em Bruxelas, na Bélgica, sob a
presidência do primeiro-ministro austríaco, Sebastian Kurz, um dos
líderes europeus mais anti-imigração. O tema principal do encontro seria
o acordo do Brexit para que o Reino Unido deixe o bloco. Segundo agências internacionais, por falta de progressos nas
negociações, os líderes adiaram os planos da reunião, que trataria
especialmente do chamado divórcio Brexit.
Ontem
(17) presidentes e primeiros-ministros que estavam na Bélgica
observaram que ainda é necessário mais tempo para as negociações. A
primeira-ministra britânica, Theresa May, fez um discurso apresentando
sua proposta para as negociações. No entanto, a própria May vive um problema interno: a exigência da
Irlanda de uma cláusula de seguro "recuo", que significaria que não
haveria fronteira entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda.
Ao longo da semana, diplomatas da União Europeia se reuniram em busca
de consenso, sem sucesso. O prazo para o Reino Unido deixar o bloco
está acabando, termina às 23h de 29 de março de 2019. O presidente da França, Emmanuel Macron, a chanceler da Alemanha,
Angela Merkel, e o primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, foram ontem à noite a um bar, no centro de Bruxelas, após a cúpula extraordinária do Conselho Europeu.
Os três chegaram a pé e juntos ao bar e restaurante Roy d'Espagne, um
dos lugares mais emblemáticos da Grand Place - a praça mais famosa da
cidade - e ficaram em uma mesa sob atentos olhares de curiosos e
seguranças. Não foi a primeira vez que políticos aproveitaram horas livres na
capital belga, após um encontro do Conselho, para comer e beber em
estabelecimentos na rua. Em fevereiro de 2016, Merkel e o então
primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, foram a um popular quiosque
de venda de batatas fritas na Praça Jourdan para matar a fome.
Uma pesquisa da Comissão Europeia (CE) mostrou que 51% dos cidadãos britânicos votariam hoje a favor da permanência do Reino Unido na União Europeia (UE), em um hipotético novo referendo sobre o Brexit. Entre todos os países onde a pesquisa foi realizada, apenas a República
Tcheca (47%) e Itália (44%) não registraram apoio majoritário à
permanência na UE, mas somente 24% dos seus cidadãos votariam a favor da
saída do bloco.
A Itália é o único membro que considera que não se beneficiou com sua
filiação ao bloco, e apenas 43% dos entrevistados avaliaram a
experiência comunitária como benéfica para o país. Sobre o grau de satisfação com a democracia na UE, 60% dos indagados
estão satisfeitos com os padrões democráticos do bloco, exceto Grécia
(64%), Espanha (54%) e Itália (52%). Para a pesquisa foram realizadas 24.474 entrevistas com maiores de 15 anos, nos 28 países da UE, entre 8 e 26 de setembro.
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