O Porto de Paranaguá recebeu nesta quarta-feira (17) a visita de
técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná. O grupo conheceu o processo que a
soja, o milho e os demais produtos paranaenses percorrem, desde o campo
até a exportação para outros países.
“A intenção é mostrar como os Portos do Paraná se modernizaram,
melhoraram a infraestrutura e os processos de segurança, para ampliar a
capacidade de movimentação de grãos. O produtor rural paranaense produz
como nunca e, com isso, devemos exportar ainda mais.”, destaca o
diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina,
Lourenço Fregonese.
Os técnicos, que atuam em diferentes regiões do Estado, conheceram a
estrutura do Corredor de Exportação, o Silo Público, as moegas e
shiploaders que são usados para carga e descarga de produtos, além dos
sistemas informatizados que permitem o gerenciamento do embarque e
desembarque de grãos.
Segundo levantamento do Deral, a safra de grãos no Paraná
deverá ter uma variação positiva de 4% se comparada à safra 17/18. A
produção dos anos 18/19 está estimada em 23,3 milhões de toneladas,
enquanto que na safra 17/18 a produção foi de 22,5 milhões.
A soja paranaense está com o plantio adiantado, com
cerca de 18% da área semeada. No mesmo período do ano passado, a seca
havia prejudicado esse índice, que atingiu somente 2%. Os produtores
estão plantando mais cedo com a intenção de adiantar também o plantio do
milho na segunda safra, e assim escapar das geadas nos meses seguintes.
“Se o clima colaborar, teremos o desenvolvimento normal do plantio até o
final do ano”, conta o chefe do Deral, Marcelo Garrido.
A estimativa de produção é de 19,6 milhões de toneladas, um aumento de
2% com relação ao mesmo período do ano passado. A área plantada deverá
ser de 5,4 milhões de hectares. Aproximadamente 15% da produção está
comercializada, número que atende à média dos últimos três anos. A
guerra comercial entre a China e os Estados Unidos é um dos fatores de
influência nos preços.
A colheita da segunda safra de milho 2017/18 foi concluída em
setembro. Foi confirmada uma quebra de 25% na safra, afetada
principalmente pelo período mais seco, nos meses mais frios. Foram
produzidas cerca de 9 milhões de toneladas, 3 milhões a menos do que a
estimativa inicial, que era de 12 milhões. A 1ª safra 2018/19 tem quase 60% da área plantada. A produção esperada é
de 3,2 milhões de toneladas, 11% a mais do que na safra 17/18.
A estimativa é de que sejam produzidas 2,9 milhões de toneladas.
Por causa da seca, o trigo teve 15% de redução na produção em relação a
expectativa inicial. A estimativa de área permanece sem alteração,
totalizando aproximadamente 1,1 milhão de hectares. Atualmente foi colhida apenas 20% da área, contra 65% no mesmo período
do ano anterior, atraso esperado devido a lentidão do plantio. O volume
colhido até o momento supre um mês de moagem no Paraná, deixando a
indústria relativamente abastecida. "Nossa produção deve ficar excedente
com o avanço da colheita”, diz o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos
Hugo Godinho.
A mandioca registrou um aumento de área de 6% nesta nova
safra. Na safra passada (2017/18), essa cultura correspondia a 141.632
hectares, enquanto que na safra 18/19 são 150.730 hectares. Cerca de 80%
da área já está colhida, o que está de acordo com a média dos números
da safra nos últimos três anos, tanto de produção quanto de
comercialização.
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