quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Técnicos da Secretaria da Agricultura acompanham processo de escoamento de grãos em Paranaguá

          O Porto de Paranaguá recebeu nesta quarta-feira (17) a visita de técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná. O grupo conheceu o processo que a soja, o milho e os demais produtos paranaenses percorrem, desde o campo até a exportação para outros países.
           “A intenção é mostrar como os Portos do Paraná se modernizaram, melhoraram a infraestrutura e os processos de segurança, para ampliar a capacidade de movimentação de grãos. O produtor rural paranaense produz como nunca e, com isso, devemos exportar ainda mais.”, destaca o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Lourenço Fregonese.
           Os técnicos, que atuam em diferentes regiões do Estado, conheceram a estrutura do Corredor de Exportação, o Silo Público, as moegas e shiploaders que são usados para carga e descarga de produtos, além dos sistemas informatizados que permitem o gerenciamento do embarque e desembarque de grãos.
           Segundo levantamento do Deral, a safra de grãos no Paraná deverá ter uma variação positiva de 4% se comparada à safra 17/18. A produção dos anos 18/19 está estimada em 23,3 milhões de toneladas, enquanto que na safra 17/18 a produção foi de 22,5 milhões.
           A soja paranaense está com o plantio adiantado, com cerca de 18% da área semeada. No mesmo período do ano passado, a seca havia prejudicado esse índice, que atingiu somente 2%. Os produtores estão plantando mais cedo com a intenção de adiantar também o plantio do milho na segunda safra, e assim escapar das geadas nos meses seguintes. “Se o clima colaborar, teremos o desenvolvimento normal do plantio até o final do ano”, conta o chefe do Deral, Marcelo Garrido.
           A estimativa de produção é de 19,6 milhões de toneladas, um aumento de 2% com relação ao mesmo período do ano passado. A área plantada deverá ser de 5,4 milhões de hectares. Aproximadamente 15% da produção está comercializada, número que atende à média dos últimos três anos. A guerra comercial entre a China e os Estados Unidos é um dos fatores de influência nos preços.
           A colheita da segunda safra de milho 2017/18 foi concluída em setembro. Foi confirmada uma quebra de 25% na safra, afetada principalmente pelo período mais seco, nos meses mais frios. Foram produzidas cerca de 9 milhões de toneladas, 3 milhões a menos do que a estimativa inicial, que era de 12 milhões. A 1ª safra 2018/19 tem quase 60% da área plantada. A produção esperada é de 3,2 milhões de toneladas, 11% a mais do que na safra 17/18.
           A estimativa é de que sejam produzidas 2,9 milhões de toneladas. Por causa da seca, o trigo teve 15% de redução na produção em relação a expectativa inicial. A estimativa de área permanece sem alteração, totalizando aproximadamente 1,1 milhão de hectares. Atualmente foi colhida apenas 20% da área, contra 65% no mesmo período do ano anterior, atraso esperado devido a lentidão do plantio. O volume colhido até o momento supre um mês de moagem no Paraná, deixando a indústria relativamente abastecida. "Nossa produção deve ficar excedente com o avanço da colheita”, diz o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho.
           A mandioca registrou um aumento de área de 6% nesta nova safra. Na safra passada (2017/18), essa cultura correspondia a 141.632 hectares, enquanto que na safra 18/19 são 150.730 hectares. Cerca de 80% da área já está colhida, o que está de acordo com a média dos números da safra nos últimos três anos, tanto de produção quanto de comercialização.

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