A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 31, a Operação Tritão contra fraudes em
licitações da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), empresa
estatal que é a autoridade portuária do Porto de Santos (SP). O nome da
operação remeteu a Tritão, na mitologia grega, conhecido como o rei dos
mares. A ação envolveu a Controladoria Geral da União, o Tribunal de Contas da União, a Receita Federal e o Ministério Público Federal.
São cumpridos sete mandados de prisão temporária e 21 mandados de
busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Santos, Guarujá, São Caetano
do Sul, Barueri, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília, todos expedidos
pela 5ª Vara da Justiça Federal de Santos. Atuam na operação 100 policiais federais, 8 auditores da CGU e 12 servidores da Receita Federal.
Segundo as investigações, o grupo atuava em processos licitatórios
das áreas de tecnologia da informação, dragagem e consultoria. As
suspeitas de irregularidades surgiram com um vídeo postado na internet
em setembro de 2016, no qual um assessor da presidência da Codesp
confessava a prática de diversos delitos. O inquérito teve início em
novembro de 2017.
Os autos apontam irregularidades em vários contratos, com fraudes
envolvendo agentes públicos ligados à estatal e empresários, como
contratações antieconômicas e direcionadas, aquisições desnecessárias e
ações adotadas para simular a realização de serviços. Os contratos sob
investigação somam mais de R$ 37 milhões. Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos
crimes de associação criminosa, fraude a licitações, peculato e
corrupção ativa e passiva, com penas de um a 12 anos de prisão.
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