O Porto
de Vitória deve ter uma análise em mãos que comprova as atuais dimensões do
espaço marítimo que o local reúne. Na prática, isso vai permitir que a
Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) comporte embarcações mais robustas a
atracar no Estado, já que, até agora, os testes têm mostrado que alguns pontos
do canal são maiores do que o que se tinha conhecimento. Os exercícios
acontecem em parceria com laboratório da Universidade de São Paulo (USP).
A manobra também vai servir para
turbinar o turismo no Espírito Santo. Isso porque, tendo mais espaço, o Porto
poderá abrigar embarcações turísticas mais robustas - o que não é possível
hoje. Todos os anos, ao menos dois transatlânticos passam pela baía de Vitória,
mas ficam apenas por algumas horas em águas capixabas. É que não há estrutura
para que esses navios permaneçam por mais tempo aqui.
Levantamento da Prefeitura de Vitória
(PMV) aponta que, mesmo nesse curto período, os turistas que desembarcam na
Capital gastam, em média, R$ 400 na cidade. Na última vez que recebeu esses
transatlânticos, em novembro de 2017 e janeiro de 2018, o órgão contabiliza que
os navios, com cerca de 900 turistas no total, foram responsáveis por
movimentar, diretamente, algo em torno de R$ 360 mil no município.
Assim que chegam à cidade, esses
passageiros recebem atenção de agentes do Observatório do Turismo, que mostram
os pontos turísticos entre o Galpão das Paneleiras, praias de Camburi e Ilha do
Boi, Enseada do Suá e Centro Histórico. Por outro lado, até o momento, a PMV
destaca que, as operadoras de navegação informam que ainda não têm resposta de
companhias de cruzeiros para eventuais paradas em Vitória. "Isso pode
mudar de uma hora para outra, mas a previsão é de que os transatlânticos
venham", destaca o órgão.
Oficialmente, a Codesa confirma que
exercícios para avaliar se as medições estão de acordo com as medições apuradas
estão realmente acontecendo, e reitera que a atividade não é um estudo. Ainda
assim, a companhia já contabiliza frutos vindos da parceria com o laboratório
da USP. Isso porque as medições já apontaram que as novas dimensões vão
permitir melhor navegabilidade e segurança para os navios que acessam o Porto.
O calado, por exemplo, passará de
10,76m para 12,50m e largura mínima de 80m para 120m, o que vai possibilitar o
acesso de embarcações com 30m de boca e 244m de comprimento. "Neste
padrão, encaixam-se os navios do tipo panamax, que representam 70% da frota
mundial", destaca posicionamento oficial da Codesa.
A Codesa destaca que, com essas novas
medidas, os navios poderão operar com até 70 mil toneladas de carga, o que
antes da dragagem e derrocagem não era possível. "A média, por embarcação,
não chegava a 40 mil toneladas devido às restrições de profundidade e de
calado", afirma.
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