segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Vazamento no novo sistema de eclusas vai atrasar em mais dois meses a inauguração da ampliação do Canal do Panamá

           O administrador da Autoridade do Canal do Panamá (ACP) , Jorge Quijano, anunciou que a aparição de vazamentos no novo sistema de eclusas de embarque atrasará em pelo menos dois meses a inauguração da ampliação da via interoceânica, inicialmente prevista para abril do próximo ano.
"Estamos esperando até o último momento para ter suficiente certeza sobre a nova data da inauguração da via ampliada", declarou Quijano em um encontro com empresários na capital panamenha.
         O responsável pela ACP afirmou que o plano da administração da via por onde passa cerca de 6% do comércio mundial é que tanto a inauguração, como o início das operações, ocorra dentro do segundo trimestre do próximo ano. Em abril de 2016, quando estava prevista a inauguração do novo sistema de eclusas construído pelo consórcio Grupo Unidos pelo Canal (GUPC), serão iniciados os testes de navegação, inicialmente programadas para janeiro, disse Quijano.
         "Nosso plano é começar a fazer os testes, baseado em conversas que tivemos com eles (GUPC), com uma embarcação fretada nas eclusas de embarque do Atlântico no mês de abril. Mudamos para abril devido a esses problemas que tivemos", explicou. A aparição de fissuras em uma das paredes da nova eclusa de embarque do Pacífico no meio deste ano obrigou o GUPC a fazer um reforço na estrutura, trabalho que deve terminar em janeiro.
         "Essas eclusas devem estar funcionando em algum momento de abril. Depois disso, teremos que escolher a data de inauguração e, posteriormente, mas muito próxima dela, a data de início da operação comercial. Nosso plano é nos mantermos dentro do segundo trimestre de 2016", disse Quijano. A inauguração da ampliação do Canal do Panamá, que teve início em 2007, estava prevista em princípio para outubro de 2014, mas diferentes conflitos, entre eles contratuais, e greves sindicais, atrasaram as obras, orçadas em US$ 5,25 bilhões e estão 95% concluídas.

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