segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Autorizado o embarque emergencial de 50 mil cabeças de gado no Porto de Vila do Conde


         O Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), Luiz Fernandes Rocha, autorizou o embarque emergencial de 50 mil cabeças de gado que estavam aguardando na área de pré-embarque no Porto de Vila do Conde, em Barcarena. A autorização foi assinada de acordo com o Plano Emergencial entregue pela Companhia Docas do Pará (CDP) e aprovado pela equipe técnica da Semas.
         Segundo a secretaria, a CDP apresentou um plano de embarque e informou os prejuízos em manter os animais no estábulo próximo ao porto. Ainda não há data prevista para a exportação dos bois, que será o primeiro após o desastre ambiental ocorrido em outubro, quando um navio com cinco mil cabeças de bois naufragou em Vila do Conde. Mesmo com a liberação, ainda não há previsão para que o porto volte a funcionar normalmente.
         A tragédia ambiental contaminou o rio e causou diversos transtornos para a população. Os ministérios públicos Federal e Estadual do Pará, a Procuradoria Geral do Estado e a Defensoria Pública ajuizaram uma ação civil na justiça Federal solicitando pagamento mínimo de R$ 71 milhões em indenizações pelos danos sociais e ambientais provocados pelo naufrágio.
         Foram apontados como réus no processo os donos do Haidar, as empresas Husei Sleiman e Tamara Shiping; a dona da carga de bois vivos, Minerva S.A; as responsáveis pelo embarque dos bois, Global Agência Máritima e Norte Trading Operadora Portuária; e a Companhia Docas do Pará, dona do porto de Vila do Conde. Além da contaminação e dos extensos prejuízos sociais e ambientais, eles são acusados de crueldade e maus-tratos com os animais.

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