terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Contratação dos estudos sobre impactos ao meio ambiente da dragagem em Santos é aprovada


         A contratação dos estudos sobre os impactos da dragagem do Porto de Santos ao meio ambiente foi aprovada na reunião do Conselho de Administração (Consad) da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Ao custo de R$ 10 milhões, os trabalhos também vão verificar a possibilidade de ampliar a profundidade do estuário.
         Essas pesquisas serão elaboradas pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), órgão subordinado à Secretaria de Portos (SEP), e com a consultoria do professor Gilberto Fialho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
          O presidente da Docas, José Alex Botelho de Oliva, disse que o contrato será assinado nesta semana e terá a presença de todos os entes na sede da companhia. A expectativa é que os trabalhos comecem logo em seguida, a princípio com o projeto a ser desenvolvido entre os pesquisadores.
         O programa de estudo prevê ainda a elaboração de modelos matemáticos e físicos de todo o Porto de Santos. Em São Paulo, na Cidade Universitária da USP, uma área de 3 mil metros quadrados abrigará uma réplica em escala do cais santista, o que permitirá a avaliação dos efeitos da dragagem nas praias, cuja erosão encurta a faixa de areia.
         Não está definida ainda a data de início dos trabalhos. Conforme o presidente da estatal, os estudos terão dois momentos. O primeiro envolve apenas a Codesp. O segundo inclui os integrantes da iniciativa Santos 17, empresários do Porto que defendem o aprofundamento do Estuário dos 15 metros atuais aos 17 metros até meados de 2017.
         O estudos da USP e do INPH, que serão acompanhados pelo professor Gilberto Fialho, também prometem uma avaliação da capacidade de configuração do canal de acesso do Porto. Isto é, se será possível ampliar a profundidade e a capacidade do canal em termos de navegação e atracação (para receber navios maiores de 400 metros de comprimento).
         Também serão discutidas soluções caso haja a comprovação de impactos ao ambiente. Será avaliada a viabilidade de obras de proteção à costa, de modo a conter a aceleração do processo de erosão verificado em praias de Santos (Ponta da Praia, Aparecida e Embaré) e Guarujá (Góes)e, também, a evitar a deposição de sedimentos no próprio canal de navegação, o que dificulta a eficiência de obras de dragagem.

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