quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

"The Economist" escolhe crise brasileira como tema da sua 1ª capa de 2016 e alerta para "ano desastroso à frente"

        A revista britânica The Economist escolheu a crise brasileira como tema da sua primeira capa de 2016. Com o título de "Queda do Brasil" e uma foto da presidente Dilma Rousseff de cabeça baixa, a capa alerta para "ano desastroso à frente". Em vez do clima de euforia que seria de se esperar por causa da realização das Olimpíadas, apontou a revista, o Brasil enfrente "um desastre político e econômico".
         No texto, a revista citou a perda de grau de investimento pela agência de classificação de risco Fitch Ratings e a saída do governo do ministro da Fazenda Joaquim Levy, menos de um ano depois de assumir o cargo. A previsão de que a economia brasileira encolha até 2,5% ou 3% no ano que vem também é citada. "Até a Rússia vai crescer mais do que isso", alfineta a tradicional publicação do Reino Unido.
         Os problemas na esfera política são outro destaque da reportagem, que lembra que o governo tem sido desacreditado por causa do escândalo de corrupção em torno da Petrobras. E que a presidente Dilma, acusada de esconder o tamanho do déficit orçamentário, enfrenta um processo de impeachment no Congresso Nacional.
         A The Economist ressaltou que como o B do Brics, o Brasil "supostamente deveria estar na vanguarda do crescimento das economias emergentes. Em vez disso, enfrenta uma turbulência política e, talvez, um retorno à inflação galopante". Segundo a revista, "somente escolhas difíceis podem colocar o país de volta ao curso, mas, no momento, a presidente Dilma não parece ter estômago para isso".
         A revista enfatizou ainda que o "sofrimento do Brasil", como o das demais economias emergentes, se deve em parte à queda dos preços das commodities globais. Fora isso, o déficit fiscal aumentou de 2% do PIB (Produto Interno Bruto), em 2010, para 10%, em 2015.

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