O governo
decidiu diminuir em mais de 50% o valor do lance mínimo do próximo leilão de
aeroportos. A decisão vale para 12 dos 13 terminais que o governo quer
transferir para a iniciativa privada. As informações foram divulgadas ontem
(13) à noite pelo Ministério dos Transportes.
A decisão de privatizar os aeroportos
foi anunciada pelo governo no segundo semestre de 2016. Na ocasião, os 13
terminais foram divididos em três blocos regionais definidos conforme a
localização geográfica. As novas concessões à iniciativa privada terão prazo de
30 anos. Com a redução, a outorga mínima prevista para os três blocos de
aeroportos passou de R$ 437,6 milhões para R$ R$ 208,4 milhões.
O bloco Nordeste, formado pelos
aeroportos de Recife (foto), Maceió, Aracaju, João Pessoa, Campina Grande (PB) e
Juazeiro do Norte (CE) teve o lance mínimo reduzido de R$ 360,4 milhões para R$
173 milhões.
Já no bloco Sudeste, que inclui os
aeroportos de Vitória e Macaé (RJ), a redução foi de R$ 66,8 milhões para R$
33,1 milhões. No bloco do Centro-Oeste, a redução do lance mínimo foi de R$
10,4 milhões para R$ 2,3 milhões.
Além de reduzir o valor, o Ministério
dos Transportes informou que o governo decidiu retirar do bloco Centro-Oeste o
terminal de Barra do Garças, em Mato Grosso. Com isso, o bloco ficou com os
aeroportos mato-grossense de Cuiabá, Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta.
“A retirada do aeroporto regional foi
necessária para melhorar a atratividade econômico-financeira do bloco, de modo
a garantir os investimentos nos demais terminais e beneficiar os passageiros. O
futuro concessionário dos terminais do Centro-Oeste não terá que pagar
indenização à Infraero referente ao custeio do Programa de Adequação de Efetivo
da estatal”, disse a assessoria do ministério.
Além da redução do lance mínimo para
os blocos, o governo também decidiu reduzir o requisito mínimo para a
habilitação técnica dos operadores interessados. Para o bloco Nordeste agora
será exigida experiência em aeroportos com no mínimo 5 milhões de passageiros
ao ano – antes a exigência era de 7 milhões. Para os demais blocos (Sudeste e
Centro-Oeste), a exigência será de 1 milhão de passageiros ao ano –
anteriormente eram 3 milhões.
O governo decidiu também elevar a
previsão de investimentos para dez dos 12 aeroportos. Assim, o aeroporto de
Vitória permaneceu com a previsão inicial de investimentos de R$ 319 milhões e
o aeroporto de Macaé (RJ) teve redução no investimento previsto, de R$ 324
milhões para R$ 311 milhões.
O ministério disse ainda que
protocolou os estudos para o leilão no Tribunal de Contas da União (TCU) no dia
23 de julho e aguarda o aval da Corte para publicar o edital. A previsão do
governo é fazer o leilão ainda em 2018.
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