O governo dos Estados Unidos sancionou nesta quarta-feira (15)
empresas russas e chinesas que considera vinculadas à Coreia do Norte
por ter facilitado o envio de "carregamentos ilícitos" em nome de
Pyongyang. "O [Departamento de] Tesouro continuará implementando as sanções
existentes contra a Coreia do Norte e tomará medidas para bloquear
empresas, portos e embarcações que facilitam os envios ilícitos e
proporcionam receitas ao regime norte-coreano", afirmou o secretário do
Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, em comunicado.
Três empresas foram sancionadas, incluindo uma de logística chinesa e
sua filial em Singapura, e uma russa, chamada Profinet, assim como seu
diretor-geral, Vasyl Aleksandrovich Kolchanov.
De acordo com o Tesouro americano, a chinesa Sun Moon Star
International Logistics Trading e sua filial singapuriana "trabalharam
juntas para facilitar remessas ilícitas à Coreia do Norte utilizando
documentos falsificados".
Os carregamentos continham "álcool, tabaco e produtos relacionados com cigarros", indicou o governo. O comércio "ilegal" desses bens, segundo os EUA, gerou mais de US$ 1 bilhão para o governo do líder norte-coreano, Kim Jong-un. Por sua vez, a russa Profinet é uma agência de serviços portuários de
carga, fornecimento de combustível, provisões e saída para os navios
que fazem escala em vários portos russos.
Os EUA determinaram que a Profinet prestou serviços em "pelo menos
seis ocasiões diferentes" a navios com a bandeira norte-coreana, que
transportaram milhares de toneladas de produtos de petróleo refinado. "Kolchanov participou pessoalmente de acordos relacionados com a
Coreia do Norte e interagiu diretamente com representantes do Executivo
norte-coreano na Rússia", acrescentou o Tesouro.
Como resultado da ação de hoje, todas as propriedades das pessoas e
empresas designadas foram bloqueadas, e os cidadãos e empresas
americanas estão proibidos de fazer negócios com os sancionados. No último dia 3, os EUA adotaram uma medida similar contra o banco
russo Agrosoyuz por supostamente colaborar com o programa de armas
nucleares da Coreia do Norte facilitando uma transação "significativa". (imagem: Pyongyang, capital da Coréia do Norte)
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