Dentro de
cinco a dez anos, o Brasil chegará ao patamar de países como França e Suíça,
atualmente líderes no desenvolvimento e uso de embarcações com motores
elétricos de propulsão, alimentados por baterias carregadas por painéis
solares. Além de diminuírem a emissão de gases, esses motores são menos
poluentes.
A estimativa foi feita à Agência Brasil pelo professor do Departamento de Engenharia Elétrica do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), Walter Issamu Suemitsu.
A estimativa foi feita à Agência Brasil pelo professor do Departamento de Engenharia Elétrica do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), Walter Issamu Suemitsu.
Ele participou da 15ª Marintec South
America, principal evento do continente dedicado aos setores de construção
naval, manutenção e operações, encerrado no Rio de Janeiro, neste domingo, 19. Segundo
o professor, as chamadas embarcações solares são uma alternativa de combate
visando reduzir a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera e a poluição
das águas.
“Na Europa, por exemplo, tem países
que proíbem barcos de propulsão a sistema de combustão porque, às vezes, tem
escape de combustível e aí polui a água dos lagos e rios”, disse. A utilização
dos barcos solares ainda apresenta restrições em termos de velocidade e
autonomia, destacou. “Porque são barcos alimentados por baterias de painel
solar e nem sempre tem sol o tempo todo. Por isso, ainda não estão populares no
exterior”, ponderou.
Como o Brasil, ao contrário das
nações europeias, é um país ensolarado, ele acredita que apresenta muitas
possibilidades para adoção dessa tecnologia no setor naval. No Departamento de
Engenharia Elétrica da Coppe, Suemitsu tem desenvolvido pesquisas sobre motores
para barcos solares, visando sua maior confiabilidade. Alguns professores estão
trabalhando com conversores eletrônicos de controle para a parte elétrica.
Alguns protótipos poderão ser vistos
no período de 10 a 16 de setembro próximo, quando a UFRJ vai realizar no
município de Armação dos Búzios, Região dos Lagos, no Estado do Rio, o Desafio
Solar Brasil. A competição vai mostrar o conceito do barco e sua capacidade,
entre outros elementos.
Esse tipo de energia para movimentar embarcações no Brasil pode representar, inclusive, diminuição de custos mais à frente. “O custo inicial pode ser mais caro, porque se trata de uma tecnologia em evolução, mas, dependendo do tempo de operação, pode ficar vantajoso”. Nesse caso, terá de ser feito um cálculo de viabilidade econômica, sugeriu.
A vantagem atual está ligada à questão ambiental. Suemitsu admitiu, entretanto, que, se tiver uma produção industrial e uso mais amplo, o custo desses motores poderá ser reduzido, tal como ocorreu em relação aos painéis fotovoltaicos, cuja instalação já começa a ser vantajosa em áreas urbanas. Várias pesquisas estão em andamento em países da Europa. Existem barcos solares que são usados para pesquisa em áreas ambientalmente protegidas, revelou o professor.
Esse tipo de energia para movimentar embarcações no Brasil pode representar, inclusive, diminuição de custos mais à frente. “O custo inicial pode ser mais caro, porque se trata de uma tecnologia em evolução, mas, dependendo do tempo de operação, pode ficar vantajoso”. Nesse caso, terá de ser feito um cálculo de viabilidade econômica, sugeriu.
A vantagem atual está ligada à questão ambiental. Suemitsu admitiu, entretanto, que, se tiver uma produção industrial e uso mais amplo, o custo desses motores poderá ser reduzido, tal como ocorreu em relação aos painéis fotovoltaicos, cuja instalação já começa a ser vantajosa em áreas urbanas. Várias pesquisas estão em andamento em países da Europa. Existem barcos solares que são usados para pesquisa em áreas ambientalmente protegidas, revelou o professor.
“Realmente, o Brasil está atrasado
nesse aspecto, embora tenha um grande potencial de recursos naturais na
Amazônia, por exemplo”, afirmou. Nos Estados Unidos, a Marinha quer ter navios
elétricos e está fazendo pesquisas no campo de embarcações solares.
Suemitsu disse que os motores solares
poderiam ser adotados no Brasil para o transporte de passageiros, inicialmente
em embarcações pequenas e médias. As barcas que fazem a ligação entre o Rio de
Janeiro e Niterói poderiam ser uma opção viável. “Vai depender muito do
desenvolvimento da tecnologia no futuro. Por enquanto, é melhor para
embarcações pequenas e médias”, opinou. A entrada do Brasil nesse campo
exigiria a participação e o interesse da Marinha, por meio de pesquisas,
finalizou o professor.
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