As exportações brasileiras do agronegócio subiram de US$ 56,39
bilhões para US$ 59,2 bilhões entre janeiro e julho deste ano (+5%), valor
recorde de toda a série histórica (1997-2018) para o período, conforme o
Boletim da Balança Comercial do Agronegócio divulgado pela Secretaria de
Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) nesta quinta-feira (9).
O recorde foi
obtido em função, principalmente, da elevação do volume das exportações, que
subiu 4,3%. O índice de preços das exportações teve incremento de 0,7%. O agro representou
43,4% do total das vendas externas brasileiras no período analisado. As
importações no setor totalizaram US$ 8,3 bilhões no período (-0,6%). Como resultado,
o saldo da balança comercial do agronegócio nos primeiros sete meses do ano foi
de US$ 50,9 bilhões.
O complexo soja
foi o principal responsável pelo resultado das vendas externas nos sete meses,
somando US$ 27,26 bilhões (+18,5%). As vendas de soja em grão foram de US$
22,50 bilhões (+17,2%) e tiveram participação de 82,5% no valor total exportado
pelo segmento. O montante é recorde da série histórica (1997-2018). As 56,47
milhões de toneladas de soja em grão exportadas também são recorde para o
período.
As exportações
de farelo de soja também foram recordes em valor e quantidade. De janeiro a
julho, foram vendidos ao exterior US$ 4,06 bilhões em farelo de soja (+30,1%)
ou o equivalente a 10,3 milhões de toneladas (+17,5%).
Os produtos florestais ficaram na segunda
posição dentre os principais segmentos do agronegócio, atingindo US$ 8,11
bilhões, em alta de 27,4%. O principal produto exportado foi a celulose, com
US$ 4,94 bilhões (+40,8%), com recorde de 9 milhões de toneladas (+11,0%). De
acordo com o boletim da SRI, o produto vem, ano após ano, quebrando recorde nos
embarques externos.
A Ásia aumentou
sua participação entre os importadores do agro brasileiro. Em 1997, a
participação do continente era de 16,1%. Nos últimos dez anos, a participação
tem aumentado, atingindo, 51,8%, no acumulado do ano (janeiro a julho).
A principal
razão para a elevação das exportações para a China foram as vendas de soja em
grão. A quantidade subiu de 39,4 milhões de toneladas para 43,9 milhões de
toneladas de soja em grão no período em análise. A participação da soja
em grão nas exportações totais à China chegou a 80,6%, o equivalente a US$
17,55 bilhões.
Entre os países
importadores de produtos do agronegócio brasileiro também se destacam a Turquia
(US$ 954,05 milhões; +106,5%); Coreia do Sul (US$ 1,16 bilhão; +26,7%);
Argentina (US$ 971,47 milhões; +25,6%); França (US$ 804,44 milhões; +17,1%); e
Hong Kong (US$ 1,51 bilhão; +16,1%).
Os principais produtos exportados para a Turquia, entre janeiro e julho,
foram: soja em grãos, com US$ 463,92 milhões (+ 342,8%) e bovinos vivos, com
vendas de US$ 240,85 milhões (+307,6%).
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