A estatística mensal do transporte aéreo global
de carga elaborado pela IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo)
registrou um aumento interanual de 5,9% em junho na tonelagem FTK (tonelagem de
carga por quilômetro transportada). Os dados mantiveram a tendência de alta na
movimentação no continente, liderando percentualmente, o setor.
A
demanda de FTK internacional de desacelerou no mês na comparação com maio.
Mesmo assim, continua com uma tendência muito superior ao promedio qüinqüenal,
de 1,6%. No primeiro semestre deste ano, o setor cresceu 10,1% em relação as
demais regiões globais.
É
o caso das companhias aéreas da América do Norte e do Oriente, que cresceram
3,8% interanual em junho de 2018, respectivamente. Na Europa, houve um
incremento de 3,3% interanual no mês. Mais atrás ficou a região da
Ásia-Pacífico, com elevação FTK de somente 1,5% interanual em junho. Já na
África houve queda de 8,5% interanual no mesmo mês. A IATA também indicou em
seu informe que as FTK em nível global aumentaram 2,7% interanual em junho,
mantendo a tendência de queda iniciada em princípio deste ano.
Quanto à capacidade medida em toneladas de carga por quilômetro
disponível (AFTK), houve aumento de 4,1% em junho último, mantendo uma demanda
aquecida pelo quarto mês consecutivo. A situação é atribuída a diversos fatores
como a necessidade de repor a queda dos FTK, que se acelerou desde março. A
baixa no Índice de Gestores de Compras (PMI) até seu nível mais baixo desde
2016 aponta para desaceleração do comércio mundial, decorrente do incremento
das restrições ao comércio internacional.
A isto se soma a suspensão de operações
da Nippon Cargo Airlines durante a segunda quinzena de junho, que contribuiu
para uma redução de 0,5% no volume. Com base nestas cifras, o conselheiro
delegado da IATA, Alexandre de Juniac, disse que as tensões no comércio
internacional são uma ameaça real. “O transporte de carga aérea segue sendo um
negócio difícil que enfrenta grandes riscos. Apesar disso, esperamos um
crescimento de 4% no final do ano”, previu.
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