terça-feira, 7 de maio de 2019

Portos do Paraná usam tecnologia para gerenciar reciclos


          A partir deste mês os Portos do Paraná vão usar um sistema eletrônico de rastreamento nos veículos que realizam o transporte de caçambas com os resíduos sólidos produzidos no cais, no pátio de triagem e no entorno da área portuária. A tecnologia permitirá maior controle na remoção do lixo, com pesagem, rastreio até o destino e a emissão do Manifesto de Transporte de Resíduos eletrônico, que traz detalhando o volume e o tipo de material transportado.
          “O sistema vai fornecer, em tempo real, informações sobre a localização do veículo, quantidade e tipo de resíduos removidos. Com isso, queremos melhorar a gestão e destinar os materiais de forma adequada”, explicou, nesta segunda-feira, 6, o diretor de Meio Ambiente, João Paulo Ribeiro Santana da APPA (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina).
           O novo Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos dos Portos do Paraná prevê ainda o uso de 20 coletores para resíduos perigosos; 97 coletores triplos para lixo reciclável, orgânico e rejeitos; um coletor específico para lixo eletrônico; 20 unidades de “bituqueiras”; dois coletores de lâmpadas e dois de pilhas; um coletor de óleo usado, com contenção; e 93 caçambas estacionárias fixas. Todos esses equipamentos serão distribuídos na área dos portos organizados de Paranaguá e Antonina, incluindo o Pátio de Triagem.
           Segundo a bióloga Andréa Almeida de Deus, coordenadora do Núcleo de Fiscalização e Controle de Emergências Ambientais, o gerenciamento de resíduos sólidos nos Portos do Paraná faz parte dos programas ambientais vinculados a Licença de Operação 1.173/2013, emitida pelo Ibama. “As caçambas são disponibilizadas em pontos de coleta seletiva e os resíduos são destinados, de forma ambientalmente correta, para locais devidamente licenciados, que emitem os certificados de destinação final”, disse ela.
            Cada ponto de coleta é composto por uma até quatro caçambas estacionárias (com volume de cinco metros cúbicos), identificadas por cores, conforme o tipo a que se destinam: recicláveis (verde), não recicláveis (cinza), orgânicos (marrom), perigosos (laranja) e caçambas sem tampa, para facilitar o acondicionamento de resíduos de poda, roçada e varrição (marrom). Andrea explica que nos Portos do Paraná o maior volume de resíduo gerado é do tipo Classe II, ou seja, resíduos sanitário, de escritório, recicláveis e orgânicos.
             Durante todo o ano de 2018, foram produzidas 2.407 toneladas de resíduos não perigosos, sendo 1,160 tonelada de recicláveis. De resíduos perigosos, foram 13,81 toneladas. Este ano, no primeiro trimestre, foram geradas 601,86 toneladas de resíduos não perigosos, sendo 940 quilos de recicláveis. De resíduos perigosos, entre janeiro e abril, foram geradas 2,24 toneladas.
          Desde abril de 2017, a Administração dos Portos do Paraná destina resíduos sólidos para a Associação de Catadores de Material Reciclável da Vila Santa Maria (Assepar), cujo convênio está em processo de renovação. A partir de 2018, a empresa também mantém uma Comissão da Coleta Seletiva, formada por colaboradores dos Portos do Paraná, que atuam no planejamento, elaboração e fiscalização das ações relacionadas aos resíduos sólidos recicláveis.

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