quarta-feira, 29 de maio de 2019

Portonave manifesta preocupação com atraso na obra da bacia de evolução


          Os acessos aquaviários e as obras de duplicação da BR-470 são os principais entraves logísticos enfrentados pela Portonave, em Navegantes (SC). A incapacidade da bacia de evolução do Complexo do Itajaí para receber navios com até 336 metros de boca, por exemplo, já fez com que um dos armadores que opera no terminal fizesse alterações nas escalas das linhas Ásia. A embarcação tem 336 metros, tamanho que os portos de Itajaí e Navegantes deveriam receber se a obra estivesse pronta.
          Em média, a cada operação que deixa de ser realizada no terminal, ficam sem embarcar cerca de 7,5 mil teus. No ano, são cerca de 35 mil teus. As obras da bacia foram entregues pelo estado sem condições de ser utilizada para a manobra dos navios. A demora na conclusão da bacia de evolução, na realidade, preocupa todas as administrações do sistema portuário.
          Em entrevista coletiva à imprensa, convocada para apresentar o Balanço Social da Portonave, o diretor superintendente administrativo da Portonave, Osmari de Castilho Ribas, destacou que estão sendo buscadas alternativas conjuntas para garantir a operação de navios maiores no sistema portuário do complexo.
          Conforme o balanço apresentado, a Portonave, que no ano passado movimentou 761.432 teus, responde por 49% do market share em Santa Catarina e está em 24º lugar entre as 100 maiores empresas do estado. Só em projetos sociais em 2018 foram investidos R$ 2,8 milhões. Em 2019, conforme Castilho, não deve haver grande alteração no volume de contêineres.
          A infraestrutura da Portonave permite receber grandes navios, pois dispõe dos mais modernos equipamentos portuários com três berços de atracação, cais com 900 metros, seis portêineres (guindastes que fazem a movimentação do contêiner do navio para os caminhões e vice-versa), 18 transtêineres (equipamentos de movimentação de contêineres do pátio para os caminhões e vice-versa), além de uma subestação de energia com capacidade superior à demanda. Atendendo a todos os padrões de segurança, nacionais e internacionais, a Portonave está habilitada a operar cargas para qualquer lugar do mundo, inclusive com linha de cabotagem.
          A preocupação com o meio ambiente sempre norteou as ações do terminal de Navegantes. Antes da Portonave entrar em operação, a companhia realizou estudos minuciosos de análise dos impactos ambientais. Desde lá, vem perseguindo a máxima do desenvolvimento sustentável. Com um núcleo próprio, liderado por engenheiros e técnicos ambientais, a Portonave opera um sistema de gestão ambiental bem estabelecido, com investimentos expressivos na área e monitoramento rígido em todas as atividades.

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