Os acessos aquaviários e as obras de
duplicação da BR-470 são os principais entraves logísticos enfrentados pela
Portonave, em Navegantes (SC). A incapacidade da bacia de evolução do Complexo
do Itajaí para receber navios com até 336 metros de boca, por exemplo, já fez
com que um dos armadores que opera no terminal fizesse alterações nas escalas
das linhas Ásia. A embarcação tem 336 metros, tamanho que os portos de Itajaí e
Navegantes deveriam receber se a obra estivesse pronta.
Em
média, a cada operação que deixa de ser realizada no terminal, ficam sem
embarcar cerca de 7,5 mil teus. No ano, são cerca de 35 mil teus. As obras da
bacia foram entregues pelo estado sem condições de ser utilizada para a manobra
dos navios. A demora na conclusão da bacia de evolução, na realidade, preocupa
todas as administrações do sistema portuário.
Em entrevista coletiva à imprensa, convocada para apresentar o Balanço
Social da Portonave, o diretor superintendente administrativo da Portonave, Osmari
de Castilho Ribas, destacou que estão sendo buscadas alternativas conjuntas
para garantir a operação de navios maiores no sistema portuário do complexo.
Conforme o balanço apresentado, a Portonave, que no ano passado
movimentou 761.432 teus, responde por 49% do market share em Santa Catarina e
está em 24º lugar entre as 100 maiores empresas do estado. Só em projetos
sociais em 2018 foram investidos R$ 2,8 milhões. Em 2019, conforme Castilho,
não deve haver grande alteração no volume de contêineres.
A
infraestrutura da Portonave permite receber grandes navios, pois dispõe dos
mais modernos equipamentos portuários com três berços de atracação, cais com
900 metros, seis portêineres (guindastes que fazem a movimentação do contêiner
do navio para os caminhões e vice-versa), 18 transtêineres (equipamentos de
movimentação de contêineres do pátio para os caminhões e vice-versa), além de
uma subestação de energia com capacidade superior à demanda. Atendendo a todos
os padrões de segurança, nacionais e internacionais, a Portonave está
habilitada a operar cargas para qualquer lugar do mundo, inclusive com linha de
cabotagem.
A
preocupação com o meio ambiente sempre norteou as ações do terminal de
Navegantes. Antes da Portonave entrar em operação, a companhia realizou estudos
minuciosos de análise dos impactos ambientais. Desde lá, vem perseguindo a
máxima do desenvolvimento sustentável. Com um núcleo próprio, liderado por
engenheiros e técnicos ambientais, a Portonave opera um sistema de gestão
ambiental bem estabelecido, com investimentos expressivos na área e
monitoramento rígido em todas as atividades.
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