Entidades empresariais apresentaram
nesta terça-feira (28) ao presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, uma proposta
de trabalho, com investimentos de R$ 1 bilhão para a recuperação econômica e o
desenvolvimento de pequenas cidades do Nordeste. Os presidentes de diversas
confederações foram recebidos no Palácio do Planalto e manifestaram apoio à
reforma da Previdência proposta do governo federal.
Segundo o presidente da Confederação
Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, as
confederações, pela maneira com que trabalham, podem fazer uma ação para
melhorar um pouco o problema da pobreza do Nordeste, principalmente no meio
rural. “O presidente [Bolsonaro] está com um projeto para cidades acima de 50
mil habitantes e nós nos propusemos a trabalhar naquela cidades mais pobres, do
homem do campo, que são 14 milhões de pessoas que vivem no meio rural do
Nordeste”, disse.
Entre as ações que podem ser
executadas, Martins citou a capacitação de jovens e de profissionais de saúde e
a modernização dos meios de trabalho, além de tornar mais competitiva a
atividade de pequenos produtores e comerciantes. O presidente da CNA explicou
que os recursos são adicionais aos que as entidades já investem na região. A
proposta deve ser entregue em breve ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni,
que, segundo Martins, vai alinhar os projetos das entidades ao que já foi
anunciado pelo governo para o Nordeste.
Na última sexta-feira (24), o
presidente Bolsonaro fez sua primeira visita oficial à região e apresentou o
Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste, da Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a ser implementado em quatro anos, a
partir de 2020, em 41 cidades e nas nove capitais da região. O documento tem
como aposta estratégica o fortalecimento das redes de cidades intermediárias
com áreas de influência que possam crescer economicamente. Ele será encaminhado
até agosto ao Congresso Nacional para tramitar em conjunto com o Plano
Plurianual da União, que define o planejamento de longo prazo das ações do
governo federal.
No encontro desta terça-feira, no Palácio do
Planalto, os presidentes das entidades empresariais também entregaram uma carta
em apoio à reforma da Previdência proposta pelo governo, em tramitação desde
fevereiro na Câmara dos Deputados. No documento, as entidades afirmam que a
reforma é indispensável para o destravamento de investimentos públicos e
privados e que confiam no bom senso do Congresso Nacional para aprovar uma Previdência
justa e sustentável.
Para os empresários, a estrangulação
fiscal do Estado, provocada pelo modelo atual das aposentadorias, é a principal
causa da estagnação econômica do país. “As entidades empresariais vêm
enfrentando ainda os desafios de um tempo de aceleradas transformações
tecnológicas e mudanças socioeconômicas mundiais. Tudo isso leva-nos à certeza
de que o país não pode mais prescindir de uma Nova Previdência, base para
outras iniciativas modernizadoras, que confiamos serão propostas no tempo
certo. Só assim será possível reduzir o Custo Brasil e assegurar a segurança
jurídica indispensável à atração de investimentos e à ação empreendedora”, diz
a carta.
Assinam o documento os presidentes da
CNA, João Martins; da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo, José Tadros; da Confederação Nacional da Comunicação Social, Gláucio
Binder; da Confederação Nacional das Cooperativas, Márcio de Freitas; da
Confederação Nacional da Indústria, Paulo Ferreira, em exercício; da
Confederação Nacional da Saúde, Breno Monteiro; da Confederação Nacional das
Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e
Capitalização, Márcio Coriolano; da Confederação Nacional dos Transportes,
Vander Costa; e da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, Sergio
Rial.
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