A ACP (Autoridade do Canal do Panamá) decidiu nesta
quarta-feira, 8, por causa dos baixos níveis de água nos lagos Gatún e
Alajuela, aplicar novos ajustes no calado para a passagem de navios neopanamax.
A gestora advertiu ainda que a situação pode piorar se não chover nos próximos
dias.
O
vice-presidente executivo de Ambiente, Água e Energia da ACP, Carlos Vargas,
disse que como tem chovido muito pouco, o aporte dos rios aos dois lagos vem
sendo muito baixo. “O Alajuela mantém um déficit de cerca de 4,28 metros e o
Gatún perda de 1,52 m”, explicou.
“Nos últimos cinco meses não choveu como era esperado na região do Canal
e isto obrigou a emitir novos avisos as companhias de navegação ajustando mais
o calado dos navios”, justificou Vargas. O representante da ACP disse que “O
calado das embarcações depende da carga e ao emitir o ajuste as transportadoras
têm que trazer menos cargas para poder cruzar o canal”. O último calado
ajustado ocorrerá em 28 de maio, e deverá ser de 43 pés para navios neopanamax
e de 38,5 pés para os panamax.
. As
entidades representativas dos setores produtivos manifestaram preocupação com a
escassez hídrica. O presidente da Câmara de Comércio, Indústrias e Agricultura
do Panamá, Gabriel Barletta, destacou que há uma grande preocupação com o
fenômeno El Niño. A diretora da Associação Panamenha de Executivos de Empresas
(Apede), Mercedes Eleta de Brenes, sugeriu que o Panamá construa um
reservatório para atender o Canal.
Os
prejuízos provocados nas operações no Canal do Panamá, oscilam em torno de US$
15 milhões. A chegada do El Niño pode elevar bastante as cifras. A ocorrência
do fenômeno em 2016 foi o que causou maior impacto nos ajustes de calado nos
últimos anos, lembrou a executiva.
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