terça-feira, 14 de maio de 2019

Codesp analisa propostas para dragagem do Porto de Santos


          A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária de Santos, analisa sete propostas de empresas – duas delas em consórcios – para a realização da dragagem de manutenção do Porto de Santos por seis meses. As ofertas foram apresentadas pelos representantes das firmas aos técnicos da estatal na manhã da última sexta-feira,10.
          Essa avaliação integra o processo de contratação emergencial da dragagem do complexo marítimo santista. Ele foi necessário porque o serviço de retirada de sedimentos do canal de navegação, da bacia de sedimentos e dos berços do complexo marítimo, previsto no atual contrato, foi concluído no início do mês passado.
         A atividade era feita pelo consórcio formado pelas empresas Van Oord Operações Marítimas e Boskalis do Brasil, contratado pelo então Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, informou nesta segunda-feira, 13, o Ministério da Infraestrutura. 
          A Codesp consultou 12 empresas para uma “eventual contratação de dragagem emergencial”, informou, em nota, a assessoria de imprensa da companhia. Apenas sete enviaram propostas – uma informou não estar interessada e quatro não retornaram o convite.  Ainda de acordo com a Docas, as concorrentes aprovadas tecnicamente terão suas ofertas avaliadas considerando “o melhor preço e menor prazo de mobilização de equipamento para realizar o serviço”.
          A estatal prevê que a análise das propostas ocorrerá nas próximas semanas. Mas destaca que “só assinará o contrato da dragagem emergencial se houver risco de perda de calado operacional, enquanto a dragagem ordinária não é contratada”.
          Paralelamente a esta licitação, a Autoridade Portuária prepara uma outra concorrência para contratar o serviço, dessa vez por dois ou três anos. Mas, conforme já revelou o diretor-presidente da Autoridade Portuária de Santos, Casemiro Tércio Carvalho, esse próximo contrato terá uma cláusula rescisória, a ser aplicada caso o Governo Federal aprove a concessão do canal para a iniciativa privada – projeto já em estudo pela equipe da Docas. 
          Em entrevistas recentes, Tércio descartou um risco imediato de perda de calado (profundidade necessária para a navegação) do Porto, mesmo com os trabalhos de dragagem interrompidos. Segundo ele, há uma certa margem de segurança até o final do semestre. “Há um colchão de sedimentação. Um dispositivo para caso a dragagem tenha que ser interrompida por dois ou três meses”, afirmou o diretor-presidente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário