O Brasil ultrapassou
a Índia e tornou-se o segundo maior exportador mundial de pluma, atrás apenas
dos Estados Unidos. Para o país manter-se competitivo o desafio agora é
aumentar a participação nos mercados da Ásia, lá se concentram as maiores indústrias
de algodão.
Entre os recordes brasileiros
registrados estão em área plantada, com aumento de 35,4% em relação à safra
passada. Em produção, a alta é de 32,8%. E nos volumes exportados, até abril
foram exportados 998 mil toneladas. Segundo o portal UOL, em área plantada, a
estimativa da safra que se encerra em junho é de 1,590 milhão de hectares, com
produção de 2,66 milhões de toneladas de plumas.
A Índia deve exportar 980 mil
toneladas até junho, segundo estimativa da USDA (Departamento de Agricultura
dos EUA). Os Estados Unidos preveem embarcar 3,5 milhões de toneladas. Segundo
Henrique Snitcovski, presidente da Associação Nacional dos Exportadores de
Algodão (Anea), tradicionalmente, 70% dos embarques se concentravam no segundo
semestre, período de entressafra da produção norte-americana. O recorde mensal
foi obtido em dezembro de 2018, com 215 mil toneladas embarcadas
Segundo Milton Garbugio, presidente
da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), a cultura vem
crescendo em cima de áreas de milho, especialmente no Mato Grosso, que produz
quase 70% da pluma nacional. Na safra 2017/18, a produção no estado foi de
1,290 milhão de toneladas. Nesta safra, deve chegar a 1,765 milhão.
Outra boa notícia é que a atividade
tem remunerado bem o produtor na comparação com outros produtos. E pelo menos
dois terços da safra são vendidos antes da colheita. Um fator dificultador está
na infestação do bicudo, praga do algodão.
O desafio de produtores e
exportadores agora é resolver problemas de logística para aumentar
competitividade no mercado internacional e elevar suas exportações para os
países que já compram o algodão brasileiro: China, Vietnã, Turquia, Coreia do
Sul e Bangladesh.
O menor tempo de viagem das safras
brasileiras até os portos da Ásia é de 35 dias. Os americanos chegam em 20
dias, e australianos e indianos, em menos de 15 dias. Numa tentativa para
encurtar esse tempo, o setor reativou um comitê de logística para abrir novos
portos para a exportação, já que mais de 90% do algodão é exportado via Santos
(SP). Estão em testes os portos de Paranaguá (PR), Salvador (BA), Pecém (CE) e
Manaus (AM). A qualidade do algodão brasileiro melhorou muito graças ao uso de
mais tecnologia. Hoje, 90% da produção brasileira é certificada por boas
práticas ambientais e sociais.
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