O TPS (Terminal Pacífico Sur Valparaíso) condenou
nesta segunda-feira, 19, os incidentes e danos a propriedade pública e privada
provocadas por um grupo de manifestantes no principal complexo portuário
chileno. “Desde a última quarta-feira, este grupo de pessoas vem impedindo o
acesso ao porto e fez ameaças contra nossos colaboradores, impossibilitando
levar a cabo as operações normais do terminal”, explicou a empresa, em
comunicado.
Segundo o TPS, as ações violentas geraram um enorme dano não somente ao
normal funcionamento do terminal, mas também prejudicaram diretamente clientes
exportadores, transportadores. Além disso, afetaram, de acordo com a nota, a
convivência da comunidade portuária de Valparaíso (foto).
Ao mesmo tempo, a Ultraport, por meio de comunicado, também lamentou
profundamente as manifestações. “Provocaram a paralisação ilegal das operações
no TPS (Terminal Pacífico Sur), praticando diversos atos de violência no
local”, informou a nota.
A
companhia rechaçou categoricamente a destruição da propriedade pública e
privada e assinalou: “não permitiremos que nossos colaboradores sejam expostos
em sua integridade física por este tipo de manifestação. Temos a convicção de
que nossas equipes humanas podem recorrer a seu devido direito ao trabalho, o
qual hoje foi impedido, por ações que também afetam o desenvolvimento da região
como um todo”.
A
nota finaliza informando que “na Ultraport sempre temos buscado manter boas
relações profissionais e estas ações, praticadas por um grupo minoritário não
fazem mais do que ir contra o espírito de diálogo e respeito que temos pautado
ao longo da história da nossa companhia”.
Já o TCVAL (Terminal Cerros de Valparaíso) informou que não tem nenhum
tema contratual pendente com seus trabalhadores, que levaram as mobilizações
que derivaram no bloqueio do Porto. “Todos os acordos se encontram plenamente
vigentes. De qualquer forma, também não nos negamos a examinar reivindicações
novas de trabalhadores”, declarou a nota da empresa.
Eventuais mudanças contratuais estão sendo avaliadas pela direção do
TCVAL., podendo ou não ser atendidas, mas sem que sejam justificativas para
ameaças. “Nas últimas horas, recebemos pedido adicional de um grupo de
trabalhadores que desconhecemos sua representatividade, com demandas
impraticáveis, fora das possibilidades do terminal, inclusive porque exigiria
mudanças na legislação trabalhista chilena”, destacou o comunicado da empresa.
O
terminal enfatiza que não há temas pendentes com os diversos sindicatos de
trabalhadores que atuam no TCVAL, com todos os acordos sendo plenamente
vigentes. Mesmo assim, a empresa mostra-se disposta a conversar com os efetivos
representantes sindicais. “Em setembro foram contratados quase 30 mil turnos de
trabalho, equivalentes a 1.500 turnos a mais do que no ano passado, um aumento
de 5%. Além disso, os valores pagos pelo terminal são consideravelmente maiores
que os praticados em outros terminais”, esclarece a nota.
O
bloqueio dificulta a prestação dos serviços de transferência de cargas aos
navios; “É razão de força maior evidente que nos impossibilita operar com
normalidade e preocupa os trabalhadores que desejam trabalhar e são ameaçados
por aqueles que estão paralisados e permanecem aglomerados junto a entrada do
terminal.
A
administração do terminal igualmente lamentou a mudança da rota dos navios
programadas para escalar em Valparaíso em virtude da situação atual. O receio é
de que o cumprimento da viagem nas suas próximas etapas implique em perdas
importantes de turnos de trabalho no porto chileno.
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