terça-feira, 20 de novembro de 2018

TPS, Ultraport e TCVAL condenam bloqueio e violência no porto chileno de Valparaíso por manifestantes


           O TPS (Terminal Pacífico Sur Valparaíso) condenou nesta segunda-feira, 19, os incidentes e danos a propriedade pública e privada provocadas por um grupo de manifestantes no principal complexo portuário chileno. “Desde a última quarta-feira, este grupo de pessoas vem impedindo o acesso ao porto e fez ameaças contra nossos colaboradores, impossibilitando levar a cabo as operações normais do terminal”, explicou a empresa, em comunicado.
       Segundo o TPS, as ações violentas geraram um enorme dano não somente ao normal funcionamento do terminal, mas também prejudicaram diretamente clientes exportadores, transportadores. Além disso, afetaram, de acordo com a nota, a convivência da comunidade portuária de Valparaíso (foto).
          Ao mesmo tempo, a Ultraport, por meio de comunicado, também lamentou profundamente as manifestações. “Provocaram a paralisação ilegal das operações no TPS (Terminal Pacífico Sur), praticando diversos atos de violência no local”, informou a nota.
       A companhia rechaçou categoricamente a destruição da propriedade pública e privada e assinalou: “não permitiremos que nossos colaboradores sejam expostos em sua integridade física por este tipo de manifestação. Temos a convicção de que nossas equipes humanas podem recorrer a seu devido direito ao trabalho, o qual hoje foi impedido, por ações que também afetam o desenvolvimento da região como um todo”.
        A nota finaliza informando que “na Ultraport sempre temos buscado manter boas relações profissionais e estas ações, praticadas por um grupo minoritário não fazem mais do que ir contra o espírito de diálogo e respeito que temos pautado ao longo da história da nossa companhia”.
          Já o TCVAL (Terminal Cerros de Valparaíso) informou que não tem nenhum tema contratual pendente com seus trabalhadores, que levaram as mobilizações que derivaram no bloqueio do Porto. “Todos os acordos se encontram plenamente vigentes. De qualquer forma, também não nos negamos a examinar reivindicações novas de trabalhadores”, declarou a nota da empresa.
         Eventuais mudanças contratuais estão sendo avaliadas pela direção do TCVAL., podendo ou não ser atendidas, mas sem que sejam justificativas para ameaças. “Nas últimas horas, recebemos pedido adicional de um grupo de trabalhadores que desconhecemos sua representatividade, com demandas impraticáveis, fora das possibilidades do terminal, inclusive porque exigiria mudanças na legislação trabalhista chilena”, destacou o comunicado da empresa.
         O terminal enfatiza que não há temas pendentes com os diversos sindicatos de trabalhadores que atuam no TCVAL, com todos os acordos sendo plenamente vigentes. Mesmo assim, a empresa mostra-se disposta a conversar com os efetivos representantes sindicais. “Em setembro foram contratados quase 30 mil turnos de trabalho, equivalentes a 1.500 turnos a mais do que no ano passado, um aumento de 5%. Além disso, os valores pagos pelo terminal são consideravelmente maiores que os praticados em outros terminais”, esclarece a nota.
          O bloqueio dificulta a prestação dos serviços de transferência de cargas aos navios; “É razão de força maior evidente que nos impossibilita operar com normalidade e preocupa os trabalhadores que desejam trabalhar e são ameaçados por aqueles que estão paralisados e permanecem aglomerados junto a entrada do terminal.
          A administração do terminal igualmente lamentou a mudança da rota dos navios programadas para escalar em Valparaíso em virtude da situação atual. O receio é de que o cumprimento da viagem nas suas próximas etapas implique em perdas importantes de turnos de trabalho no porto chileno.


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