A agenda do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), no Rio de Janeiro, inclui nesta quinta-feira
(1º) o tema política externa. Inicialmente, ele se reúne com o
embaixador da Espanha no Brasil, Fernando García Casas. Depois, à tarde,
será a vez de conversar com o embaixador dos Estados Unidos (EUA) no
Brasil, P. Michael McKinley.
Com forte representação na União Europeia, a Espanha é um parceiro
importante para o Brasil, no momento em que o Mercosul (Brasil,
Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, suspensa temporariamente)
tenta negociar um acordo de cooperação com o bloco europeu.
Em processo de articulação há 18 anos, o acordo
envolve mais de 300 pontos e várias divergências. As dificuldades
principais cercam os setores automotivo, de propriedade intelectual, em
especial as regras de patentes de medicamentos, indicações geográficas e
os serviços marítimos
No caso dos Estados Unidos , o embaixador P. Michael McKinley
está deixando Brasília para assumir de forma definitiva as funções de
assessor do chefe do Departamento de Estado norte-americano, Mike
Pompeo.
Há três meses, P. Michael McKinley acumula as funções de embaixador no Brasil e também de assessor de Pompeo. Ontem
(31), seguranças norte-americanos estiveram no condomínio onde mora
Bolsonaro para verificar o local e observar eventuais ameaças e riscos.
Em várias entrevistas concedidas após as eleições, Bolsonaro disse ter
admiração pelo presidente norte-americano, Donald Trump, e que irá aos
Estados Unidos. Ele pretende viajar na companhia do general da reserva
Augusto Heleno, confirmado para a pasta da Defesa, e de Paulo Guedes,
que assumirá o superministério da Economia.
Trump e Bolsonaro conversaram por telefone após o resultado das
eleições. Nos Estados Unidos, o presidente eleito disse que quer tratar
de acordos na área militar, negociações comerciais e questões regionais.
Assim como o norte-americano, Bolsonaro é crítico do governo de Nicolás
Maduro, presidente da Venezuela.
Há ainda a preocupação com a Nicarágua, que desde abril vive em clima
de confronto entre civis e agentes do Estado. As manifestações são
rotineiras e há denúncias de desrespeito aos direitos humanos e à
liberdade de expressão.
No último dia 29, logo após a eleição, Pompeo telefonou para
Bolsonaro para parabenizá-lo. Em nota, o Departamento de Estado reiterou
a parceria entre os dois países.
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