O acordo assinado pelos presidentes do Brasil, Michel Temer, e do Chile,
Sebastian Piñera, no na semana passada, deverá ampliar a exportação e
importação de cargas pelo Porto de Paranaguá. Atualmente, o Chile é
responsável por 3,28% das importações e 0,01% das exportações no terminal paranaense.
O objetivo do novo acordo é desburocratizar o comércio entre empresas
brasileiras e chilenas, com a retirada de 17 temas de natureza não
tarifária, como burocracia excessiva e regulamentações diferentes, que
atrasam o processo aduaneiro.
Em 2017, a entrada de produtos chilenos representou US$ 167,73 milhões
em movimentação via Paranaguá. Em 2018, de janeiro a setembro, foram US$
139,57 milhões. As mercadorias mais importadas neste ano foram produtos
químicos orgânicos (284 mil toneladas), fertilizantes (74,3 mil) e sal
(37,3 mil).
Nas exportações, os valores movimentados nos primeiros nove
meses de 2018 cresceram 729%. Foram US$ 13,111 milhões em transações e
mais de 1,5 milhão de toneladas de produtos saídos de Paranaguá com
destino ao mercado chileno. Destaque para veículos (1.571 unidades),
máquinas e equipamentos (63 mil toneladas) e madeira (101 mil
toneladas).
“A nossa perspectiva é que o novo tratado melhore o processo aduaneiro,
diminua a morosidade e a burocracia. Quem ganha são os empresários e o
setor produtivo, dos dois países”, destaca o diretor-presidente da
Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Lourenço Fregonese.
Com o acordo de livre-comércio com o Chile, o Brasil avança na
integração com outros países, tendo o parceiro andino como acesso aos
mercados que fazem parte da Parceria do Transpacífico (TPP), que envolve
o Chile, México, Peru, Canadá e Japão. O país também participa da
Aliança do Pacífico, junto com Peru, Colômbia e México, que é
considerada uma ponte comercial importante entre a América Latina e os
mercados asiáticos.
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