O país tem 12 grandes bacias hidrográficas, com rios extensos e
volumosos, mas usa as rodovias para transportar mais de 60% das cargas e
as ferrovias para levar outros 21%, cabendo apenas 13% às hidrovias.
Para debater a subutilização do transporte hidroviário, o programa Diálogo Brasil
entrevista nesta segunda-feira (26) o coordenador-geral de Informação
da Secretaria Nacional de Transportes Terrestre e Aquaviário do
Ministério dos Transportes, Antonio Maurício Ferreira Netto, e a
coordenadora de Desenvolvimento de Transportes da Confederação Nacional
do Transporte (CNT), Fernanda Rezende.
Além da vantagem do frete mais barato, com a redução dos custos das
empresas com logística, os dois convidados destacam os ganhos ambientais
com o uso das hidrovias, inclusive como meio de ajudar o Brasil a
cumprir as metas do Acordo de Paris. Citam, ainda, a geração de emprego e
renda e a capacidade desse meio de transporte de induzir o crescimento
local e regional com a abertura de portos e promover a difusão de
conhecimento. A representante da CNT, contudo, cobra regras mais claras e
segurança jurídica para atrair investimento privado. Antonio Netto
reconhece as restrições orçamentárias do país no momento, mas diz ser
preciso buscar fontes de recursos, ao citar as experiências da Europa e
dos Estados Unidos.
A falta de investimentos no setor é uma queixa também do presidente
da Fenavega, a Federação Nacional das Empresas de Navegação, Raimundo
Holanda e Filho, que participa do programa, por meio de depoimento
gravado. Da mesma forma, o coordenador-geral de Infraestrutura e
Logística para a Agropecuária, Carlos Alberto Nunes Batista, do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, fala das hidrovias
na Amazônia, e o assessor especial de Assuntos Federativos da
Presidência da República, Palmínio Altimari, tece considerações sobre
projetos relacionados à Hidrovia Tietê-Paraná. Com apresentação do
jornalista Maranhão Viegas, o Diálogo Brasil vai ao ar toda segunda-feira, às 22h15, pela TV Brasil.
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