segunda-feira, 19 de novembro de 2018

APM Terminals investirá US$ 4 milhões na América Latina


          A APM Terminals anunciou que vai investir US$ 4 milhões na América Latina. O projeto foi revelado pelo CEO do Grupo dinamarqês Maersk (que administra a companhia) para a região, Mogens Wolf Larsen. “Nos últimos três anos canalizamos enormes recusos no continente, em Lázero Cárdenas, no México, Quetzal, Guatemala e Moin, Costa Rica (foto)”, apontou o executivo.
          Os projetos desenvolvidos nos últimos tempos provocaram grande impacto na região e se seguiram a ampliação do Canal do Panamá, com a conseqüente chegada de navios de maior tamanho. A mudança exige investimentos para adaptar os portos a nova realidade do mercado, explicou Larsen.
          Em que pese o impacto inicial das obras de duplicação do Canal tenham absorvido parte significativa dos recursos feitos em infraestrutura portuária na região com a via interoceânica, Larsen entende que a América Latina segue sendo um lugar atrativo para investir. “Em temas de macroeconomia da região, a expectativa é de crescimento médio de 3% no PIB dos países abrangidos, que também deverão ter crescimento populacional expressivo nos próximos 15 a 20 anos, tornando atrativa a injeção de recursos”, avaliou.
          Segundo o dirigente, “existem alguns mercados um pouco saturados, onde a capacidade chegou ao seu limite, mas também estamos vendo uma necessidade de expandir portos existentes porque há uma demanda maior.” Por isso, a empresa examina a possibilidade de investir em terminais que já pertencem ao seu portfólio.
          Apesar da perspectiva positiva assinalada por Larsen, existem aspectos em partes da região que necessitam um trabalho para suprimir obstáculos e permitir o desenvolvimento. “Em alguns países, os acordos com autoridades não se cumprem em 100%, criando dificuldades para as operações”, criticou.
          “Quando investimentos em um determinado porto, assumimos compromissos com o país de 30 a 40 anos, com aplicação de recursos em curto prazo de cerca de US$ 500 milhões, por exemplo. Ao mesmo tempo, vemos que os governos costumam ser muito instáveis, ocorrem muitas trocas e, as vezes, o que foi contratado acaba sendo alterado com uma  ova autoridade que planeja ir por outros caminhos”, lamentou o executivo da APM Terminals.
          Para Larsen, é preciso esperar que haja uma estabilidade legal nestes países da América Latina para que se possa investir e operar com confiança e tranquilidade. “Os contratos deveriam ser cumpridos como negociados, não ajuda estas mudanças constantes que geram instabilidade e insegurança”, observou ele.


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