A APM Terminals anunciou que vai
investir US$ 4 milhões na América Latina. O projeto foi revelado pelo CEO do
Grupo dinamarqês Maersk (que administra a companhia) para a região, Mogens Wolf
Larsen. “Nos últimos três anos canalizamos enormes recusos no continente, em
Lázero Cárdenas, no México, Quetzal, Guatemala e Moin, Costa Rica (foto)”, apontou o
executivo.
Os projetos desenvolvidos nos últimos
tempos provocaram grande impacto na região e se seguiram a ampliação do Canal
do Panamá, com a conseqüente chegada de navios de maior tamanho. A mudança
exige investimentos para adaptar os portos a nova realidade do mercado,
explicou Larsen.
Em que pese o impacto inicial das
obras de duplicação do Canal tenham absorvido parte significativa dos recursos
feitos em infraestrutura portuária na região com a via interoceânica, Larsen
entende que a América Latina segue sendo um lugar atrativo para investir. “Em
temas de macroeconomia da região, a expectativa é de crescimento médio de 3% no
PIB dos países abrangidos, que também deverão ter crescimento populacional
expressivo nos próximos 15 a 20 anos, tornando atrativa a injeção de recursos”,
avaliou.
Segundo o dirigente, “existem alguns
mercados um pouco saturados, onde a capacidade chegou ao seu limite, mas também
estamos vendo uma necessidade de expandir portos existentes porque há uma
demanda maior.” Por isso, a empresa examina a possibilidade de investir em
terminais que já pertencem ao seu portfólio.
Apesar da perspectiva positiva
assinalada por Larsen, existem aspectos em partes da região que necessitam um
trabalho para suprimir obstáculos e permitir o desenvolvimento. “Em alguns
países, os acordos com autoridades não se cumprem em 100%, criando dificuldades
para as operações”, criticou.
“Quando investimentos em um
determinado porto, assumimos compromissos com o país de 30 a 40 anos, com
aplicação de recursos em curto prazo de cerca de US$ 500 milhões, por exemplo.
Ao mesmo tempo, vemos que os governos costumam ser muito instáveis, ocorrem
muitas trocas e, as vezes, o que foi contratado acaba sendo alterado com
uma ova autoridade que planeja ir por
outros caminhos”, lamentou o executivo da APM Terminals.
Para Larsen, é preciso esperar que
haja uma estabilidade legal nestes países da América Latina para que se possa
investir e operar com confiança e tranquilidade. “Os contratos deveriam ser
cumpridos como negociados, não ajuda estas mudanças constantes que geram
instabilidade e insegurança”, observou ele.
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