quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Terminal de Manzanillo é pioneiro em operações automatizadas na América Latina


          Participantes do TOC Américas Panamá 2018, que está se realizando no país caribenho, foram conhecer o Centro de Visitantes do Canal Ampliado nesta terça-feira, 13, e as modernas instalações do Manzanillo International Terminal (MIT), localizada na região e que se destaca pelo pioneirismo na automatização dos seus processos.
          O vice-presidente de Mercado e Assuntos corporativos do MIT, Juan Carlos Croston, afirmou que o terminal está na vanguarda em tecnologia portuária na América Latina. Conta com dois dos três complexos portuários mais grandes do continente Cólon e Balboa, primeiro e terceiro, respectivamente. “Este ano vamos fechar com 2,1 milhões de teus dos 3,8 milhões totais movimentados em Colón”, disse o executivo.
          Segundo ele, o MIT recebe em torno de 2.400 navios por ano, mantendo um promedio reduzido de movimentos por embarcação, que se deve a grande quantidade de barcos pequenos que vão ao Caribe e têm limitações com terminais com pouca profundidade. Ou seja, o complexo atua como um grande hub, com grandes barcos alimentadores de outros menores que redistribuem as cargas pela região.
     Croston destacou que as operações envolvem número equilibrado de embarcações procedentes da Ásia, Europa e América Latina, sendo que 90% dessas cargas ficam no continente. “Estamos estabelecendo o Panamá como um hub moderno, com muita tecnologia para controlar todo tipo de carga, especialmente contêineres, incluindo os refrigerados”, explicou.
         O dirigente observou que boa parte da tecnologia oferecida no terminal ainda não é conhecida em outros lugares da América Latina. “Estas gruas ASC Automatizadas King Crane já são utilizadas na Europa e na Ásia, mas o MIT é o primeiro terminal continental a adotá-las. Ajudam muito com sua eficiência”, elogiou.
         De acordo com Croston, o manejo deste tipo de equipamento requer profissionais mais qualificados, Mas garante que o seu uso não significa redução de mão de obra, uma vez que a demanda cresce com a maior eficiência, exigindo assim contratação de mais gente, sempre com formação melhor.
          Entre os desafios para o MIT, o executivo cita o aumento da capacidade portuária em países próximos como a Costa Rica e mesmo em outras áreas do Panamá. “A consolidação da tecnologia está avançando cada vez mais rapidamente, assim como a concorrência, forçando ao aperfeiçoamento”, acrescentou Croston, justificando a necessidade de evolução constante.
       

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