As vendas externas de açúcar foram recorde
em outubro de 2020, com aumento de 121%, passando de US$ 543,96 milhões em
outubro do ano passado para US$ 1,20 bilhão no mesmo mês deste ano. A
quantidade exportada de açúcar foi recorde para toda série histórica, com 4,2
milhões de toneladas.
A China foi a maior importadora, com registros de US$ 311,74 milhões em
aquisições ou 25,9% do valor total exportado pelo Brasil de açúcar. Outros
países que compraram o açúcar foram a Índia (US$ 107,82 milhões; +33,8%),
Bangladesh (US$ 85,07 milhões; +94,1%) e os Estados Unidos (US$ 61,95
milhões; +202,3%).
Ainda no setor, houve aumento das exportações de álcool, que chegaram a US$
184,87 milhões (75,4%). Os principais importadores de álcool brasileiro foram
os Estados Unidos (US$ 63,91 milhões; -1,1%), a Coreia do Sul (US$ 45,79
milhões; +53,6%) e a União Europeia (US$ 45,75 milhões; +3.681%).
As exportações totais do agronegócio em outubro contabilizaram US$ 8,18
bilhões, o que significou recuo de 6,2% em relação ao mesmo mês do ano
passado (US$ 8,72 bilhões). De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações
Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa),
a queda das exportações ocorreu em função da redução de 3,6% no índice de
quantum das exportações e de 2,8% no de preço.
As importações dos produtos do agronegócio somaram US$ 1,2 bilhão no mês do
estudo. O saldo da balança comercial contabilizou US$ 6,9 bilhões. A
participação do agronegócio nas exportações totais do Brasil representaram
45,8% do valor total exportado no mês passado, alta de 9,7% em relação ao
mesmo mês de 2019.
Segundo a análise da SCRI, em sua nota técnica, como síntese para esse mês de
outubro, a queda das exportações de soja em grão (- US$ 913 milhões) foi em
parte compensada pelo destaque positivo nas exportações recorde de açúcar
(US$ 658 milhões).
Outro setor que registrou desempenho favorável foi o de produtos florestais.
As vendas externas do setor atingiram US$ 1,03 bilhão (8%). As exportações de
celulose subiram 6,3%, chegando a US$ 550,13 milhões. A quantidade exportada
de celulose subiu 9,9% na comparação entre outubro de 2019 e 2020, atingindo
o recorde de 1,45 milhão de toneladas, porém, a queda do preço médio de
exportação em 3,4% impediu um incremento maior do valor exportado.
O produto que teve melhor desempenho no setor de produtos florestais foi o de
madeiras e suas obras. Houve registro de US$ 351 milhões em vendas externas,
com elevação de 61,7% na quantidade exportada, embora o preço médio de
exportação do produto também tenha caído (-20,6%).
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