segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Cargill quer reduzir emissões da sua frota mercante utilizando energia eólica


           A Cargill acredita ter encontrado uma nova maneira de aproveitar o vento para reduzir o uso de combustível e as emissões de sua frota mercante. A empresa de navegação com sede em Minneapolis (EUA), a maior comercializadora de produtos agrícolas do mundo, vai instalar enormes velas de asa fixa em seus navios-tanque, relata a Bloomberg.

          O novo plano visa reduzir as emissões de dióxido de carbono da Cargill, uma das maiores fretadoras de navios com mais de 600 embarcações na água, aquelas que transportam grãos, soja, óleos comestíveis e etanol.

          A tecnologia, desenvolvida inicialmente para iates de corrida da America’s Cup, será usada pela Cargill e seus parceiros no projeto com o qual eles estimam que poderia reduzir o consumo de bunker em até 30%. "O que gostamos no vento e o que mais gostamos nesse conceito é que ele reduz o combustível", disse Jan Dieleman, presidente do Ocean Transport Business da Cargill em Genebra.

          Para isso está em parceria com uma empresa britânica chamada BAR Technologies para projetar e construir as asas da vela giratória que serão acopladas aos navios de carga. É uma empresa de tecnologia náutica derivada da equipe de vela homônima do velejador Ben Ainslie, vencedor de várias medalhas olímpicas e copas da América.

          Mesmo assim, o conceito ainda não foi testado em modelos em escala física ou em embarcações ainda menores. Ele foi completamente projetado usando simulação e modelagem de computador semelhante àquela usada por equipes de corrida que usam dinâmica de fluidos computacional. As equipes da America's Cup estão proibidas de usar testes de modelos físicos para projetos de navios.

         "Estamos muito confiantes de que a economia está funcionando", disse John Cooper, CEO da BAR Technologies e ex-executivo de Fórmula Um da equipe de corrida da McLaren. Pode ser uma virada de jogo se funcionar. O transporte marítimo representa cerca de 90% do comércio mundial e também é responsável por cerca de 3% das emissões de dióxido de carbono causadas pelo homem.

         A indústria enfrenta metas estabelecidas para reduzir a intensidade das emissões de carbono pela frota em 40% até 2030 e as emissões de gases de efeito estufa em 50% até 2050, em comparação com os níveis de 2008.

 

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