quarta-feira, 10 de abril de 2019

Terminais marítimos do Paraná apresentam soluções para agronegócio brasileiro


          O presidente da APPA (Administração dos Portos do Paraná), Luiz Fernando Garcia, perguntou de que forma os portos do Estado se preparam para atender o crescimento do agronegócio brasileiro. A questão foi uma das principais respondidas  por ele durante o Fórum do Agronegócio, promovido pela Sociedade Rural do Paraná, na ExpoLondrina.        
          “Infraestrutura e logística são temas que nunca devem sair da pauta. São assuntos dinâmicos e nós, enquanto gestores portuários - elos fundamentais da cadeia logística e do Agronegócio - devemos estar sempre acompanhando o que se tem de mais moderno em termos de soluções; assim como devemos estar atentos às necessidades de todos os agentes do setor”, destacou Garcia.
          O evento reuniu as principais lideranças do agronegócio para debater o tema “Potencializar o Agro: da infraestrutura à agregação de valor”. O presidente dos portos paranaenses participou do painel “A lógica para a infraestrutura e a logística”, que teve como moderador o editor de Agronegócios do jornal Valor Econômico,  Fernando Lopes, além da participação de Edeon Vaz, diretor do Movimento Pró Logística – APROSOJA; Luiz Henrique Dividino, consultor Internacional para Logística Portuária com ênfase no segmento de commodities; e Ricardo Thomé , gerente de cadastro de Armazéns na Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB.
          Segundo Garcia da Silva, o governo do Estado e a APPA têm o desafio de gerar uma cadeia com os menores custos logísticos. “Todos os nossos investimentos estão sendo pautados nesse sentido, de maior eficiência para promover menor custo logístico: dar mais e melhor condição de acesso ferroviário, aquaviário e rodoviário; mais condição de armazenagem, com maior capacidade – através da licitação de novas áreas e renovação dos contratos vigentes; e condição de expedição da carga melhor”, revelou Garcia.
     O Fórum do Agronegócio discutiu nesta edição os problemas de logística e infraestrutura que o agronegócio enfrenta no Brasil. Em palestras e painéis com lideranças nacionais do setor, o debate girou em torno de problemas já conhecidos do agronegócio: o alto preço do pedágio nas estradas, a má conservação das rodovias, o custo do frete, a burocracia, altos juros, a busca de novos mercados para exportação e a necessidade de novas políticas agrícolas.
         O presidente da Sociedade Rural do Paraná abriu o evento falando sobre a força do homem do campo. “A lista de problemas já é de muito tempo, passando por vários governos. Para que então voltar à discussão destes velhos problemas? Novo governo, novas tecnologias, quem sabe agora não conseguimos solucionar algum deles? A grande maioria dessas dificuldades encontradas estão localizadas da porteira para fora; porque temos certeza de que da porteira para dentro, o agricultor fez a lição de casa”.
     Norberto Ortigara, secretário estadual de agricultura, destacou a necessidade imediata de resolver estes problemas para potencializar a principal vocação do Brasil: o agronegócio.
          A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Teresa Cristina Correa da Costa Dias, também foi uma das palestrantes. Ela falou sobre a expectativa do mercado agro para o anúncio do Plano Safra. A ministra disse defender uma política agrícola com previsibilidade para 5 anos, ao invés de planos específicos para cada safra. Teresa Cristina também falou da importância da secretaria das relações internacionais e o trabalho em duas frentes: a negociação para manter as exportações com países que já são parceiros (e a busca de novos mercados.

          O primeiro painel da tarde teve como mediadora a ex-senadora Ana Amélia Lemos. O tema foi “Soluções e desafios para potencializar o agronegócio brasileiro”. Os participantes convidados levantaram como desafios: a logística deficiente para escoamento das safras, a burocracia em vários níveis do setor agro, as condições competitivas desfavoráveis ao Brasil no Mercosul e no mercado externo, as exportações para China e Estados Unidos, a necessidade de definições de pautas mais assertivas e definição das prioridades do agro, a falta de segurança no campo e as altas taxas de juros praticadas no mercado.

         O economista Ricardo Amorim foi o mediador do segundo painel. O tema do debate foi “Agro: O Mercado Interno e externo e suas perspectivas para agregação de valor”. Ricardo Amorim destacou os dois cenários que vão impactar a economia brasileira nos próximos meses: no cenário externo, a preocupação com a recessão na economia americana e as consequências no Brasil; no cenário nacional, a votação da Reforma Previdenciária como forma de garantir o fortalecimento da economia interna. Os participantes do painel falaram também sobre a Reforma Tributária para melhorar o agronegócio e a necessidade de se fazer acordos geopolíticos unilaterais.

        “A Lógica para a Infraestrutura e a logística” foi o tema do terceiro painel do Fórum de Agronegócio. O mediador Fernando Lopes, editor de Agronegócio do Valor Econômico, conduziu o último debate da tarde. Segundo os participantes do painel, a falta de estradas, ferrovias e de hidrovias tem encarecido o custo da exportação da safra brasileira para grandes mercados como a China. Outro grave problema é o isolamento da produção agrícola de estados do norte e centro oeste, que sofrem com a falta de condições de acesso e que tem dificuldade em escoar a sua produção.

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