A estimativa para o Valor Bruto da Produção (VBP) deste ano é de R$
588,8 bilhões, 0,8% maior do que no ano passado 2018, quando foi de R$ 584,3
bilhões. As lavouras representam R$ 392,4 bilhões e a pecuária, R$ 196,4
bilhões. As previsões indicam crescimento de 2,6% para a pecuária e
estabilidade para as lavouras. Os preços agrícolas de diversos produtos e a
produtividade agrícola são os principais responsáveis pelos resultados do VBP
estimado para este ano. Para a maior parte dos produtos analisados os preços
reais estão acima dos do ano passado e alguns apresentam recuperação.
Os dados mostram que milho,
algodão, laranja, feijão e batata-inglesa apresentam as maiores taxas de
crescimento real no valor. Feijão e batata-inglesa lideram os aumentos de valor
com 105,1% e 98,4%, respectivamente. O algodão alcança o valor mais elevado na
série estudada, R$ 40,3 bilhões. Este valor supera em duas vezes o da produção
do café, que pelo terceiro ano consecutivo tem redução, destaca José Gasques,
coordenador geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícolas do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Os produtos que têm
apresentando pior desempenho são arroz, com queda de 8,4% do VBP, café
(-19,6%), cana-de-açúcar (-6,3%), mandioca (-4,2%) e soja (-12%). Na pecuária,
suínos, leite e ovos também têm apresentado redução de valor em relação a 2018.
Os resultados regionais mostram
que o Centro-Oeste e o Sul lideram o VBP, vindo a seguir, Sudeste, Nordeste e
Norte. Os estados de Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande
do Sul são responsáveis por 59,4% do VBP do país e por 89% do valor das
lavouras.
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