O ministro da Infraestrutura,
Tarcísio Gomes de Freitas, disse nesta quarta-feira (10) que está feliz
com o balanço da sua pasta nos 100 primeiros dias do governo do presidente Jair
Bolsonaro. “Fazer 23 leilões de concessão em 100 dias é um negócio bacana
pra caramba. Então estou muito feliz”, falou o ministro, que comemorou
principalmente o leilão
de ferrovias.
“O leilão de ferrovias, depois de 12
anos, é realmente para ficar muito feliz. É histórico. Foi um parto de porco
espinho. Só que o porco espinho nasceu bonito, nasceu gordinho. Então foi bom”,
disse. Na tarde de ontem, o ministro se reuniu com o Conselho Superior de
Infraestrutura e do Conselho Superior da Construção, com a presença de
diretores e conselheiros da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp), na capital paulista.
“Discutimos infraestrutura, de forma
geral, e sobre o Ministério da Infraestrutura para os próximos anos, em todas
as suas vertentes e estratégias, da transferência de ativos para a iniciativa
privada, obras públicas, modais de transporte, o que vamos fazer no setor
aeroportuário, rodoviário, ferroviário, portuário, cabotagem. Foi uma conversa
muito rica e que está aderente à linha do governo Bolsonaro, que é a linha do
diálogo”, disse.
Segundo o ministro, durante a
reunião, os industriais de São Paulo citaram suas preocupações com o setor. “Há
uma preocupação muito grande com a impulsão da cabotagem, com a dinamização do
setor aeroportuário e do ferroviário. Há uma vontade muito grande de se fazer
com que as ferrovias tomem impulso. No final das contas, a questão é muito
simples: é frete, é custo. E as demandas têm sido no sentido de como a gente
vai reduzir custo, como reduzimos burocracia, como a gente melhora o otimismo e
a distribuição da matriz de transporte. Questões que vão, no final das contas,
impactar no custo”, falou.
Freitas ressaltou que o governo
Bolsonaro pretende dar os primeiros passos para resolver essas questões. “Não
vamos resolver os problemas de logística do Brasil em quatro anos. Vamos
plantar as primeiras sementes e dar os primeiros passos. Tenho certeza que, em
quatro anos, vamos ter um efeito muito grande em termos de percepção
de melhoria de infraestrutura e, em oito anos, vai haver uma mudança, vai ser
percebida uma mudança em termos de share e de participação do transporte
ferroviário na matriz”, disse o ministro.
Mais tarde, o ministro deve se
encontrar com o governador de São Paulo João Doria. “A pauta é extensa. Vamos
falar de Ferroanel Norte, do Trem Intercidades, da passarela de Guarulhos, da
privatização de São Sebastião”, falou. “Estamos em um grupo de trabalho,
paulatinamente estruturando os projetos”, ressaltou.
O ministro voltou a
falar hoje sobre concessões e os estudos para a abertura de ao menos
quatro portos ao capital privado. “Já foram 10 terminais.Vamos publicar três
editais na semana que vem. Temos ainda mais 20 projetos em elaboração. E
estamos iniciando os estudos de desestatização de Companhias Docas, começando
pela do Espírito Santo e vamos trabalhar a abertura de capital de São Sebastião
(litoral paulista), Suape (Pernambuco) e Santos (litoral paulista)”.
Segundo o ministro, essas
privatizações dos portos de Santos e de São Sebastião poderão ocorrer em breve.
“Tem um rito, estudos que precisam ser feitos. Isso é coisa para um ano e meio
ou dois”.
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