O
presidente Jair Bolsonaro demonstrou otimismo com a assinatura de um acordo de
livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Mas ressalvou a resistência
da França em relação à eventual redução de tarifas para o comércio de commodities
entre os dois blocos.
"A questão do Mercosul com a
Europa, a França que está dando contra, porque quer proteger as suas commodities.
Se chegar num meio termo, a gente assina o Mercosul com a Europa, sem problema
nenhum", afirmou, neste sábado, 6, em entrevista no Palácio do Planalto,
após participar da inauguração do espaço de atendimento da Ouvidoria da
Presidência da República.
A União Europeia e o Mercosul
(Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai e Venezuela, que está temporariamente
suspensa) negociam um acordo de livre comércio há 20 anos. A assinatura foi
adiada durante todo esse período em razão, principalmente, da resistência de
setores industriais e agrícolas dos dois lados. Os agricultores franceses têm
sido um dos grupos que mais se opõem à celebração de um acordo entre os dois
blocos, por temerem a concorrência da carne brasileira em solo europeu.
Bolsonaro também confirmou que deve
visitar dois ou três países árabes no segundo semestre e ressaltou que seu governo
quer priorizar o estabelecimento de relações comerciais com todos os
países. "A comunidade árabe é muito grande, votaram em mim em grande
parte. Eu quero fazer negócio com o mundo todo. Acabou o viés ideológico",
disse.
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