O
ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que o governo está preparando uma
sequência de medidas “extraordinariamente fortes e positivas” para o país.“Tem
coisas excelentes sendo preparadas, como choque de energia barata, o pacto federativo,
a redução e simplificação dos impostos, as privatizações”, disse.
O ministro, no entanto, condicionou a
implementação das medidas à organização das contas públicas, com a aprovação da
reforma da Previdência. Guedes adiantou que o governo tem uma estratégia para a
aprovação da reforma. “Eu não posso falar onde a gente cede. A gente tem uma
estratégia de negociação. A gente está preparada para ceder em algumas coisas e
não ceder em outras”, disse.
Guedes também informou que o
secretário da Receita, Marcos Cintra, estuda unificar tributos para criar um
imposto único federal. Segundo o ministro, estão sendo analisadas as bases de
tributos como a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), o Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI), o Programa de Integração Social (PIS) e a
Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
De acordo com o ministro, o imposto
federal será diferente da antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira (CPMF). “Sim, vamos fundir [tributos]. Estamos estudando a base.
Esse é o IVA [Imposto sobre o Valor Agregado, proposta que visa unificar
impostos cobrados do consumidor]. É isso que estamos estudando aqui, o IVA
federal”, disse
Paulo Guedes disse que o presidente
Jair Bolsonaro tem lhe dado apoio para cuidar da economia do país. “Por
enquanto não posso me queixar. Eu não fui atingido na minha autonomia”,
afirmou.
Segundo Guedes, o presidente Jair
Bolsonaro não pediu ao presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, para
suspender o reajuste do diesel na última sexta-feira (12), mas telefonou para
pedir explicações sobre o aumento. “Em nenhum momento ele mandou suspender o
reajuste. O presidente da Petrobras é que teve a atenção de explicar para o
presidente e depois, o jogo que segue”, disse.
Apesar disso, Guedes disse que a
situação não aconteceu da melhor forma. “É natural que ele como presidente se
precipite. Aconteceu da melhor forma? Claro que não”, disse. Para Guedes, o
presidente ficou preocupado com a dimensão política do reajuste.
Na última terça-feira (16), após
reunião com o presidente, Guedes e o ministro de Minas e Energia, Bento
Albuquerque, disseram que o
governo está comprometido em não manipular preços e em aumentar a transparência da
Petrobras nas refinarias. O valor do combustível sobe dos atuais R$ 2,14 para
R$ 2,24, em média, nos 35 pontos de distribuição no país.
Segundo Guedes, havia preocupação com
as reivindicações dos caminhoneiros, que fizeram greve no ano passado,
paralisando o país. De acordo com o ministro, o reajuste do diesel não é a
principal reivindicação dos caminhoneiros, mas sim a questão de segurança nas
estradas, relacionadas à pavimentação e local adequado de descanso sem risco de
assaltos. Ele acrescentou que de 13 reivindicações dos caminhoneiros, o preço
do combustível é a décima-segunda.
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