O navio de bandeira brasileira "Norsul Crateus" atraca neste sábado (27), no Porto de Recife, com 32,5 mil toneladas de milho. O
grão, que normalmente é produzido no Centro-Oeste e em alguns estados
do Nordeste do país, e chega a Pernambuco por via rodoviária, este ano
será importado da Argentina. O milho do país vizinho será destinado à avicultura e às fábricas de ração de
Pernambuco e da Paraíba.
A embarcação será a primeira de um acordo
firmado entre a Porto do Recife S.A. e um pool de três empresas, sendo
duas de Pernambuco (Mauricéa Alimentos e Notaro Alimentos) e uma da
Paraíba (Guaraves Alimentos), para importar, através do ancoradouro,
cerca de 200 mil toneladas de milho.
“No ano passado movimentamos 59,94 mil toneladas de milho. Fomos
procurados pelos avicultores em fevereiro deste ano com a proposta de
importação. A negociação avançou e o primeiro navio vindo de Ramallo, na
Argentina, já atraca amanhã. A programação é que chegue um navio como
esse volume (32,5 mil toneladas) a cada 60 dias”, disse o presidente do
Porto do Recife, Carlos do Rêgo Vilar.
O navio deve passar seis dias atracados no ancoradouro, descarregando o produto.
No Nordeste o milho é produzido na Bahia, Piauí, Maranhão e Sergipe e
as safras destes estados representam 85% do milho que abastece o setor
avícola em Pernambuco. “São três os principais fatores que nos levam a
importar o milho: baixa produção nos estados produtores do Nordeste; o
aumento no preço do grão no período da entressafra e a dificuldade de
transporte rodoviário que temos no início da safra”, explica Marcondes
Farias, dono da Mauricéa Alimentos.
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