O Grupo Libra confirmou, nesta terça-feira, 9, em audiência na 2ª Vara
de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São
Paulo (TJ–SP), que vai reduzir o número de profissionais e encerrar, de
fato, operações de embarque, mantendo apenas o serviço de armazenagem
alfandegada. O anúncio foi feito depois que a empresa foi obrigada pela Justiça a manter as atividades no terminal da Ponta da Praia, em Santos.
A sessão foi marcada após um comunicado da Libra aos trabalhadores
sobre o fim das operações no próximo dia 28. A Justiça cobrou
explicações à empresa, uma vez que ela entrou com um pedido de
Recuperação Judicial, em julho de 2018, – para não decretar falência – e
tem contrato de arrendamento vigente até maio de 2020.
O diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo
(Codesp), Casemiro Tércio Carvalho, participou da sessão onde também
estavam dois diretores e advogados do Grupo Libra. Segundo a Autoridade
Portuária, no encontro, que durou cerca de duas horas, o terminal
reafirmou o fim dos embarques, mas disse que vai continuar armazenando
carga.
De acordo com o contrato de arrendamento, a empresa deve movimentar
ao menos 400 mil unidades de contêineres ao ano. Carvalho questiona,
porém, quais caixas metálicas serão movimentadas diante da transferência
das operações para outros terminais. “O que vou fazer na verdade é
fiscalizá-la”.
Em nota, a empresa informou que manterá as atividades de armazenagem
alfandegada no seu terminal e disse que, no prazo determinado,
“apresentará em sua Recuperação Judicial o projeto de adequação de suas
estruturas para essa nova fase”.
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