O
superintendente do Porto de Rio Grande, Fernando Estima, anunciou que a
dragagem de manutenção do canal de acesso está com 65% da obra concluída.
Adiantou que os trabalhos devem ser finalizados em dois meses. Foram dragados
até agora 9,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos, restando 6,5 milhões a
serem retirados.
O período de um mês em que ficou
suspensa pela justiça gerou aumento no custo da obra. A informação foi dada
pelo superintendente dos Portos do Rio Grande do Sul, Fernando Estima, durante
o evento "Tá em Pauta", que acontece mensalmente na Câmara do
Comércio de Rio Grande.
— Após a finalização da obra
precisamos homologar o novo calado do Porto e dar segurança aos armadores
(empresas que utilizam navios comerciais) de que teremos condições de
atendê-los — projetou Estima.
O superintendente afirmou que todos
os questionamentos feitos pela Justiça comprovaram que a execução da obra está
dentro do que foi acordado. — A judicialização do processo fez com que
todos revisassem os procedimentos e se certificassem de que estamos realizando
a obra dentro de tudo aquilo que foi acertado entre todos os envolvidos —
disse.
A
obra de dragagem no porto do Rio Grande iniciou no dia 29 de outubro de 2018
com a expectativa de retirar 16 milhões de metros cúbicos de sedimentos
depositados ao longo dos 30 quilômetros do canal de acesso ao porto. No
fim de semana dos dias 9 e 10 de dezembro, uma grande quantidade de lama
apareceu novamente na beira da praia do Cassino – o que já havia acontecido
durante a última dragagem, em 2014. No dia 13 de dezembro, a Superintendência
do Porto acatou a recomendação do Ministério Público Federal (MPF) e suspendeu
as atividades até que fosse esclarecida a origem da lama que apareceu na beira
da praia.
Por volta das 21h do mesmo dia, a
Secretaria Nacional de Portos, contratante da obra, contrariou a recomendação
do MPF e decidiu pela continuação da dragagem em Rio Grande. A decisão foi
sustentada com a ideia de que não existem argumentos suficientes sobre a
relação da dragagem com o aparecimento da lama da beira da praia até aquele
momento, além do prejuízo financeiro sem ganho operacional do Porto.
No dia 19 de dezembro, a Justiça
Federal no Rio Grande do Sul determinou, por meio de liminar (provisória) a
suspensão da dragagem. A operação foi retomada no dia 23 de janeiro conforme
determinação do juiz Adérito Martins Nogueira Júnior, da 1ª Vara Federal de Rio
Grande, após receber garantias de monitoramento e de análises regulares do
material dragado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário