O superintendente dos
Portos do Rio Grande do Sul, Fernando Estima, foi o palestrante da
reunião-almoço “Tá em Pauta”, promovido pela Câmara de Comércio da Cidade do
Rio Grande, em parceria com o Grupo RBS. Com o tema: “Portos RS: o futuro da
gestão hidroportuária dos Portos do Rio Grande do Sul”, ele abordou as
potencialidades, as necessidades e a visão do Governo do Estado para o sistema
logístico gaúcho, e destacou a necessidade de revisão do modelo de gestão.
Antes da palestra de Estima, o
presidente da Câmara de Comércio da Cidade do Rio Grande, Antônio Carlos
Bacchieri Duarte, falou sobre o encontro que teve com o governado Eduardo
Leite. “Tivemos a confirmação dele de que a nossa agenda com o presidente
Bolsonaro já está marcada para a próxima terça-feira para que possamos abordar
as necessidades de conclusão da BR-116”, afirmou ele.
O superintendente, no cargo desde o
início de janeiro, ressaltou o fato de que a partir de 2017 “a administração de
todo o sistema hidroportuário gaúcho é em Rio Grande”. Estima fez um balanço de
seus primeiros 100 dias de administração, em que já avançou em pautas como a
travessia de balsa entre Rio Grande e São José do Norte e também nas relações
porto cidade. “É imprescindível o relacionamento destes três grandes órgãos e
eles possuem relação. O porto com a cidade e o porto com a academia”, disse, em
referência à Universidade Federal do Rio Grande e a Prefeitura Municipal.
Sobre a dragagem de manutenção do
canal de acesso, Estima lembrou que a judicialização e o período de obra parada
geraram um aumento significativo do custo da obra. “A judicialização do
processo fez com que todos revisassem os procedimentos, se certificassem e
estamos realizando a obra dentro de tudo aquilo que foi acertado entre todos os
envolvidos”. Além disso, Fernando Estima apresentou os dados de que 65% da obra
já está concluída e que em dois meses deverá encerrar em sua totalidade. “Após
isso precisamos homologar o novo calado do Porto e dar segurança aos armadores
de que teremos condições de atendê-los”.
O superintendente destacou três eixos
temáticos da sua administração que foram escolhidos como principais: revisão do
modelo de gestão; plano de dragagem constante e; controle de tráfego portuário.
“Além disso, precisamos falar sobre a hidrovia. Tivemos mais viagens na
hidrovia do que no longo curso e às vezes parece que ela está morta. Precisamos
sim melhorar, ampliar e ver o modelo de gestão que queremos”, afirmou ele. Por
fim, Estima destacou a necessidade de industrialização do Estado e da criação
de um conceito de Porto-Indústria utilizando a retroárea e o Distrito
Industrial. “São 2,5 mil metros quadrados de áreas disponíveis. Estive com
dirigentes de outros portos e muitos vieram dizer que queriam ter o que temos
aqui”, explicou ele. Concluindo, afirmou que com a industrialização é possível
garantir a movimentação e mais valor agregado aos produtos gaúchos bem como
lembrou as iniciativas inovadoras de Francisco Martins Bastos como fonte
de inspiração e orgulho.
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