sexta-feira, 26 de abril de 2019

Superintendente do Porto de Rio Grande quer revisão do modelo de gestão


          O superintendente dos Portos do Rio Grande do Sul, Fernando Estima, foi o palestrante da reunião-almoço “Tá em Pauta”, promovido pela Câmara de Comércio da Cidade do Rio Grande, em parceria com o Grupo RBS. Com o tema: “Portos RS: o futuro da gestão hidroportuária dos Portos do Rio Grande do Sul”, ele abordou as potencialidades, as necessidades e a visão do Governo do Estado para o sistema logístico gaúcho, e destacou a necessidade de revisão do modelo de gestão.
            Antes da palestra de Estima, o presidente da Câmara de Comércio da Cidade do Rio Grande, Antônio Carlos Bacchieri Duarte, falou sobre o encontro que teve com o governado Eduardo Leite. “Tivemos a confirmação dele de que a nossa agenda com o presidente Bolsonaro já está marcada para a próxima terça-feira para que possamos abordar as necessidades de conclusão da BR-116”, afirmou ele.
           O superintendente, no cargo desde o início de janeiro, ressaltou o fato de que a partir de 2017 “a administração de todo o sistema hidroportuário gaúcho é em Rio Grande”. Estima fez um balanço de seus primeiros 100 dias de administração, em que já avançou em pautas como a travessia de balsa entre Rio Grande e São José do Norte e também nas relações porto cidade. “É imprescindível o relacionamento destes três grandes órgãos e eles possuem relação. O porto com a cidade e o porto com a academia”, disse, em referência à Universidade Federal do Rio Grande e a Prefeitura Municipal.
         Sobre a dragagem de manutenção do canal de acesso, Estima lembrou que a judicialização e o período de obra parada geraram um aumento significativo do custo da obra. “A judicialização do processo fez com que todos revisassem os procedimentos, se certificassem e estamos realizando a obra dentro de tudo aquilo que foi acertado entre todos os envolvidos”. Além disso, Fernando Estima apresentou os dados de que 65% da obra já está concluída e que em dois meses deverá encerrar em sua totalidade. “Após isso precisamos homologar o novo calado do Porto e dar segurança aos armadores de que teremos condições de atendê-los”.
         O superintendente destacou três eixos temáticos da sua administração que foram escolhidos como principais: revisão do modelo de gestão; plano de dragagem constante e; controle de tráfego portuário. “Além disso, precisamos falar sobre a hidrovia. Tivemos mais viagens na hidrovia do que no longo curso e às vezes parece que ela está morta. Precisamos sim melhorar, ampliar e ver o modelo de gestão que queremos”, afirmou ele. Por fim, Estima destacou a necessidade de industrialização do Estado e da criação de um conceito de Porto-Indústria utilizando a retroárea e o Distrito Industrial. “São 2,5 mil metros quadrados de áreas disponíveis. Estive com dirigentes de outros portos e muitos vieram dizer que queriam ter o que temos aqui”, explicou ele. Concluindo, afirmou que com a industrialização é possível garantir a movimentação e mais valor agregado aos produtos gaúchos bem como lembrou as iniciativas inovadoras de Francisco Martins Bastos como fonte de inspiração e orgulho.


Nenhum comentário:

Postar um comentário