A
movimentação de cargas do Porto de Santos crescerá 1,6% ao ano até 2060,
chegando a 280,1 milhões de toneladas. Considerando as operações do ano
passado, quando passaram pelos terminais da região 133,1 milhões de toneladas,
haverá um aumento total de 110,44%. A projeção integra o Plano Mestre do
Complexo Portuário de Santos, estudo disponibilizado pelo Ministério da
Infraestrutura.
O crescimento de 1,6% ao ano é
previsto no cenário tendencial do levantamento. Em uma visão “pessimista”, o
aumento anual é de 1,2%, atingindo 233,5 milhões de toneladas, enquanto em uma
abordagem “otimista”, o percentual chega a 2% e o total, 326,7 milhões de
toneladas.
A melhor perspectiva do estudo,
porém, ainda é menor do que índice de crescimento registrado em 2018. O volume
de cargas operado foi 2,4% maior em relação a 2017, quando foram movimentadas
129,9 milhões de toneladas.
O Plano Mestre também analisa
operações específicas do complexo. A movimentação de contêineres deve registrar
um crescimento médio de 2,1% ao ano, atingindo 9,8 milhões de teu em 2060 –
mais que o dobro dos 4,7 milhões de teus do ano passado.
No estudo, os produtos com maior
expectativa de crescimento, com taxa igual ou superior a 2% ao ano, foram sal,
farelo de soja, produtos siderúrgicos, contêineres e produtos químicos. As
cargas de soja, trigo milho e celulose devem responder pelas menores taxas.
Para chegar aos indicativos, o
Ministério da Infraestrutura e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC,
através do Laboratório de Transportes e Logística) avaliaram a projeção de
demanda de cargas e passageiros, infraestrutura e operações portuárias e acesso
aquaviário e terrestre. Aspectos ambientais, a relação porto-cidade, a gestão
administrativa e financeira da autoridade portuária, análise
estratégica,plano de ações e investimentos também fizeram parte da pesquisa.
O granel sólido vegetal (que inclui cargas
como açúcar, grão de soja, milho, farelo de soja e trigo) movimentou 55,5
milhões de toneladas em 2017, ano comparativo do estudo. A previsão é de que
passe para 102,2 milhões de toneladas em 2060. No ano passado, passaram pelo
cais 61,8 milhões de toneladas.
Os granéis líquidos minerais –
petróleo, derivados de petróleo, etanol, produtos químicos, soda cáustica,
amônia e caulim – somaram 12,9 milhões de toneladas em 2017. Ao fim do período
projetado, espera-se uma movimentação de 27,5 milhões de toneladas, crescimento
médio de 1,7% ao ano no longo prazo e de 3,5% até 2020.
Fertilizantes, enxofre, sal, carvão
mineral e minério de ferro – os granéis sólidos minerais – registraram em 2017
movimento de 6,9 milhões de toneladas. Para 2060, o número deve subir para 15,2
milhões de toneladas, média de 1,8% ao ano.
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