Instituições financeiras reduziram pela oitava vez seguida a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma
de todos os bens e serviços produzidos no país – agora caiu de 1,95%
para 1,71% este ano.
Para 2020, também houve redução: de 2,58% para 2,50%. Essa foi a
quinta redução consecutiva. As estimativas de crescimento do PIB para
2021 e 2022 permanecem em 2,50%. Os números constam do boletim Focus, publicação semanal elaborada com
base em estimativas de instituições financeiras sobre os principais
indicadores econômicos. O boletim é divulgado às segundas-feiras, pelo
Banco Central (BC), em Brasília.
A estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), foi ajustada de 4,06% para 4,01% este ano.
Para 2020, a previsão segue em 4%. Para 2021 e 2022, também não houve
alteração: 3,75%. A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN), é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e
5,75%. A estimativa para 2020 está no centro da meta: 4%. Essa meta tem
intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2021, o centro da meta é 3,75%, também com intervalo de
tolerância de 1,5 ponto percentual. O CMN ainda não definiu a meta de
inflação para 2022
Para controlar a inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa
básica de juros, a Selic. Para o mercado financeiro, a Selic deve
permanecer no seu mínimo histórico de 6,5% ao ano até o fim de 2019. Para o fim de 2020, a projeção segue em 7,50% ao ano. Para o fim de 2020 e 2021, a expectativa permanece em 8% ao ano.
A Selic, que serve de referência para os demais juros da economia, é a
taxa média cobrada nas negociações com títulos emitidos pelo Tesouro
Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de
Custódia (Selic). A manutenção da Selic este ano, como prevê o mercado financeiro,
indica que o Copom considera as alterações anteriores nos juros básicos
suficientes para chegar à meta de inflação.
Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de
que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da
meta de inflação.
Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e
isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o
crédito e estimulam a poupança.
A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar subiu de R$
3,70 para R$ 3,75 no fim de 2019 e de R$ 3,78 para R$ 3,80 no fim de
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